COPA DO MUNDO

Jornalista barrado no Catar por usar camisa LGBTQIA+ morre após passar mal em jogo

Barrado, o jornalista Grant Wahl, da NPR, tinha 48 anos e cobria os jogos da Copa do Mundo

CARAS Digital Publicado em 10/12/2022, às 13h32

Grant Wahl, jornalista barrado por camisa LGBTQIA+ em estádio, morre após passar mal no Catar - Foto: Reprodução/Redes Sociais

O jornalista esportivo Grant Wahl, que fazia a cobertura da Copa do Mundo no Catar, morreu na sexta-feira, 09, aos 47 anos.

Grant faleceu após passar mal nas tribunas do estádio Lusail durante o jogo entre Holanda e Argentina, pelas quartas de final.

A informação foi confirmada pela NPR, rádio para a qual o norte-americano trabalhava, pela federação de futebol dos Estados Unidos e pelos próprios familiares.

“Ele não estava dormindo bem. Chegou a dizer: Só preciso relaxar um pouco”, contou o agente do comunicador, Tim Scanlan, ao The New York Times.

Ele ainda relatou que o profissional passou mal nos últimos dias, mas testou negativo para a Covid-19. Ainda não se sabe se Grant morreu a caminho de um hospital ou já na unidade.

Nas redes sociais, o jornalista brasileiro Francisco De Laurentiis revelou que viu “a cena acontecer” ao seu lado, quando a partida estava na prorrogação.

Durante seu trabalho na Copa do Mundo no Catar, Grant foi barrado por usar camisa com um arco-íris, por ser um dos símbolos LGBTQIA+.

Veja a nota divulgada pela federação de futebol dos Estados Unidos:

Todos do futebol dos EUA estamos com o coração partido ao saber que perdemos Grant Wahl. Os fãs de futebol e jornalismo da mais alta qualidade sabiam que sempre poderíamos contar com a Grant para entregar histórias perspicazes e divertidas sobre nosso jogo e seus principais protagonistas: times, jogadores, treinadores e as muitas personalidades que tornam o futebol diferente de qualquer esporte.

Aqui nos Estados Unidos, a paixão de Grant pelo futebol e o compromisso de elevar seu perfil em nosso cenário esportivo desempenhou um papel importante em ajudar a aumentar o interesse e o respeito pelo nosso belo jogo. Tão importante quanto isso foi a crença de Grant no poder do jogo para promover os direitos humanos. Isso foi e continuará sendo uma inspiração para todos.

Grant fez do futebol o trabalho de sua vida, e estamos arrasados que ele e sua escrita brilhante não estarão mais no futebol dos EUA, que envia suas mais sinceras condolências à esposa de Grant, Dra. Celine Gounder, e todos os seus familiares, amigos e colegas na mídia. E agradecemos a Grant por sua tremenda dedicação e impacto em nosso jogo nos EUA. Sua escrita e as histórias que ele contou viverão.

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