Copa do Mundo

Famosas se manifestam na web após episódio de machismo com russa

Além das mulheres russas, algumas jornalistas também estão sofrendo assédio na Copa do Mundo

CARAS Digital Publicado em 19/06/2018, às 14h53 - Atualizado às 14h54

Ivete Sangalo, Paolla Oliveira e Eliana - TV Globo/Reprodução e Gabriel Cardoso/SBT

Após o vídeo de brasileiros cantando música em alusão à cor do órgão sexual de uma mulher russa durante a Copa do Mundo cair na web, diversas famosas utilizaram seu perfil nas redes sociais para se manifestar contra o ato machista.

Sempre presentes quando o assunto é feminismo, Eliana, Ivete Sangalo, Fernanda Lima, Monica Iozzi, Bruna Linzmeyer, Debora Nascimento, Nathalia DillSophie CharlottePaolla Oliveira, entre outras, desabafam sobre o ocorrido criando textos em seus perfis oficiais.

"Nesse vídeo, desde o momento que recebi, vejo uma infinidade de equívocos .Lamentável que muitos de um mesmo grupo participam desse papelão machista. Falta de lisura, de educação, de hombridade. Sinto tanta vergonha por vocês garotos", desabafou Ivete.

Eliana também destacou o desrespeito do episódio: "Cresçam como seres humanos, melhorem seus valores, peçam desculpas e aprendam que ninguém mais vai tolerar estas ofensas, tamanho desrespeito e este machismo que certamente deve enojar suas esposas, mães e filhas. Que vergonha. Vocês não representam o Brasil do bem".

Com as hashtags #EstamosJuntas #MachistasNãoPassarão, a atriz Paola Oliveira pediu respeito: "Repúdio aos torcedores brasileiros que cometeram atos machistas durante a Copa do Mundo. Repúdio a todo ato machista e misógino que viole nosso corpo, nossa mente e nossa dignidade. Aqui, na Rússia, ou em qualquer lugar".

"Não é engraçado. É machismo. Misoginia. E vergonha. Muita vergonha.", disse Bruna Linzmeyer.

Sophie Charlotte optou pela mesma ilustração de Paola e pontuou: "Criem vergonha na cara!"

#DEIXAELATRABALHAR

Além das mulheres que desejam curtir o evento, jornalistas também estão sofrendo ataques machistas durante as transmissões dos jogos no evento. 

A jornalista Julieth González Therán, enviada da Deutsche Welle a Moscou, foi agarrada e beijada no rosto por um homem enquanto fazia uma transmissão sobre a contagem regressiva para a cerimônia de abertura da Copa.

No jogo entre Argentina e Islândia, fora do estádio dois torcedores argentinos assediaram e tentaram roubar um beijo de uma compatriota jornalista. A mulher precisou se defender com o braço e o microfone para brecar o assédio dos agressores.

Em 2014, quando a copa foi sediada no Brasil, a repórter Sabina Simonato, da TV Globo, foi assediada duas vezes. Na primeira ocasião, ela foi beijada no rosto por um torcedor croata enquanto transmitia informações sobre o campeonato. Depois, às vésperas do jogo entre Alemanha e Portugal, novamente ela foi beijada, desta vez a ação foi de um funcionário da Casa de Portugal.

 

 

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