Olimpíadas 2024

Daiane dos Santos comenta reverência de ginastas para Rebeca em pódio olímpico

‘Elas sabem a importância', Daiane dos Santos ainda fez um desabafo emocionante sobre o pódio formado por mulheres pretas nas Olimpíadas de Paris

Rafaela Dionello, sob supervisão de Priscilla Comoti
Daiane dos Santos e Rebeca Andrade - Foto: Reprodução / Globo

Nesta segunda-feira, 05, Daiane dos Santos participou do Mais Você para comentar a conquista de Rebeca Andrade, que levou a medalha de ouro na prova do solo nas Olimpíadas de Paris e fez história ao se tornar a maior medalhista olímpica brasileira. 

Muito emocionada, a ex-ginasta fez um desabafo e ainda comentou uma imagem que marcou a competição: a reverência feita à campeã pelas atletas norte-americanas Simone Biles e Jordan Chiles no pódio olímpico. As duas conquistaram a prata e o bronze, respectivamente.

"A coroação da Rebeca ali como rainha, nossa queen. É muito bonito ver esse gesto da Simone Biles e da Jordan. Elas sabem a importância desse pódio, sabem a importância da Rebeca Andrade para o mundo da ginástica", começou. "A diferença que fez a Rebeca estar na Arena Bercy hoje, iluminando, reluzindo e trazendo essa medalha para o Brasil, mostrando que o Brasil é, sim, uma potência na ginástica e vai ficar. Quero ver alguém parar a gente, porque foguete não tem ré!", disse Daiane.

 

Ainda sua participação no programa, Daiane, a primeira ginasta brasileira a ganhar um ouro no Mundial de Ginástica, também fez um desabafo emocionante:

"É importante a gente lembrar e observar a importância da pessoa preta para o esporte brasileiro e mundial. (...) As três mulheres melhores no solo são mulheres pretas. A gente teve a nossa Rebeca com a medalha dourada, a nossa Bia (do judô) com a medalha de ouro num momento que a gente vive tantos ataques de preconceito racial. O Vini Jr. ali à frente para pedir para as pessoas pararem de observar a cor da pele e observar o talento", refletiu. 

"A Rebeca falou sobre representar a todos. Sim, ela representa a todos, mas é a representatividade de 56% de uma nação, que é excluída, que é subjugada... Que, muitas vezes, quando ganha, ela é pertencente, mas e quando não ganha? A gente viu a Simone Biles sofrendo vários ataques, a maior atleta da história da ginástica para mim, sofrendo múltiplos ataques por conta do cabelo, da cor..."

"E hoje a gente tem esse brinde com três mulheres pretas na ginástica artística encerrando a competição em Bercy (a arena). E para nós, brasileiros, as duas medalhas de ouro são de mulheres pretas. Não tem como não se orgulhar, não se emocionar. (...) Tomara que as pessoas reconheçam o valor dessas mulheres pretas, dessas mulheres, porque as mulheres estão dando um show e está sendo muito lindo", finalizou.

 

Rafaela Dionello, sob supervisão de Priscilla Comoti

Rafaela Dionello faz parte da redação da CARAS. Já foi social media de esporte, é apaixonada por moda, entretenimento e Fórmula 1!

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