História

Bia Souza, medalhista de ouro, revela como começou no judô: ‘Terror em casa'

Primeira atleta a conquistar a medalha de ouro para o Brasil nas Olimpíadas de 2024, Bia Souza começou no judô por ser considerada 'terror em casa'

Clara Andrade

por Clara Andrade

ana.andrade@caras.com.br

Publicado em 02/08/2024, às 13h40

Beatriz Souza se emociona ao receber primeira medalha de ouro nas Olimpíadas de 2024 - Reprodução/Globo

Nesta sexta-feira, 2, Beatriz Souza se tornou a primeira atleta brasileira a conquistar uma medalha de ouro nas Olimpíadas de 2024. Antes dessa conquista, ela revelou que sua jornada no judô começou porque era considerada um 'terror em casa' e encontrou no esporte um ambiente de acolhimento; saiba mais sobre a trajetória de Bia a seguir:

Natural de Peruíbe, litoral de São Paulo, Beatriz Souza foi apresentada ao judô quando tinha apenas sete anos de idade. Em recente entrevista ao portal Exame, a judoca revelou que sua paixão pelo esporte começou quando seu pai, Possidônio José de Souza Neto, ex-atleta profissional de judô, a levou para assistir a uma luta.

Mas houve um motivo curioso para o pai decidir apresentar o esporte, considerado violento, para sua filha, que ainda era bastante jovem na época. Bia revelou que tinha muita energia e costumava tocar o ‘terror’ em casa. Percebendo seu potencial, seu pai achou que o judô seria uma boa forma de canalizar essa energia e por isso, a levou para luta.

Eu era uma criança cheia de energia, tentei natação e dança, mas nada me parava, até que eu conheci o judô. Como eu era o terror em casa, um dia meu pai teve a ideia de me levar para assistir um treino de judô. Eu simplesmente amei ver o pessoal lutando e a grosseria da luta”, contou a mais nova medalhista olímpica, que venceu a disputa na categoria acima de 78 kg.

Logo, Bia começou a lutar, inclusive em competições internacionais. Com apenas 18 anos, ela já viajava para enfrentar adversárias ao redor do mundo e demonstrava interesse nos Jogos Olímpicos. Com diversos títulos e sendo considerada a quinta melhor judoca do mundo, ela garantiu sua vaga nas Olimpíadas de 2024.

Para conquistar a medalha de ouro, Beatriz precisou pegar pesado e intensificar os treinos: “Uma preparação muito diferente das que eu já fiz na minha vida inteira, mas está sendo legal também ver a minha evolução. A vida de atleta é um investimento contínuo”, disse a judoca, que considera seu maior desafio resistir à dor durante os treinos.

Apesar das dificuldades, tudo valeu a pena: “O caminho não vai ser fácil, nunca é, mas se a gente quer algo grande, a luta é diária. No meu caso, sempre valeu a pena, quando estou lá no pódio, fazendo o hino nacional do Brasil tocar, para mim é uma das melhores sensações que existem”, disse a judoca, que agora retorna ao país com uma medalha no peito.

O hino brasileiro tocando em Paris, a Bia no ponto mais alto do pódio, a medalha de ouro no pescoço dela. Beatriz, você é INCRÍVEL!!! 😭🇧🇷 #Paris2024 #JogosOlímpicos pic.twitter.com/HK3NIyU2JC

— CHOQUEI (@choquei) August 2, 2024

Beatriz Souza dedica prêmio a avó:

A atleta Beatriz Souza é a campeã olímpica no judô, categoria acima de 78 kg, nas Olimpíadas de Paris 2024. Nesta sexta-feira, 2, ela venceu a isralense Raz Hershko e conquistou a primeira medalha de ouro do Brasil nesta edição dos Jogos Olímpicos. Muito emocionada, Bia dedicou a vitória para sua avó, que faleceu há pouco tempo.

Clara Andrade

Clara Andrade é apaixonada por livros, música e filmes. Atualmente está na redação da CARAS e escreve sobre o universo das celebridades.

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