Divas dão tempero verde e amarelo ao festival da sétima arte
Após 12 dias de disputadas premières, sessões fotográficas e entrevistas, astros e estrelas despediram-se do 68º Festival de Cannes com o sentimento de missão cumprida e o desejo de, em breve, retornar ao luxuoso balneário da Riviera Francesa, palco do evento, realizado entre os dias 13 e 24 de maio e que atraiu olhares de amantes do cinema e consagrou Dheepan, do diretor Jacques Audiard (63), com a láurea máxima da competição, a Palma de Ouro. Surpreendendo a todos, a americana Rooney Mara (30), de Carol, e a francesa Emmanuelle Bercot (47), de Mon Roi, dividiram a opinião do júri que, diante do excelente nível de atuação, conferiu às duas o prêmio de Melhor Atriz. “Estou honrada também por trabalhar com Cate, foi um sonho realizado”, discursou Rooney, citando Cate Blanchett (46), até então apontada como favorita à láurea, com quem contracenou no romance do amor proibido entre duas mulheres nos anos 1950.
Já se houvesse uma categoria fashion, a disputa seria mais acirrada. Toda noite, musas cruzavam o tapis rouge do Palais des Festivals com looks que arrebataram o imaginário de fashionistas. A beleza brasileira na Croisette, representada por estrelas como as tops Isabelli Fontana (31), estreando fios mais escuros em corte repicado com franja, Ana Beatriz Barros (32), Adriana Lima (33) e Izabel Goulart (30), além das atrizes Milena Toscano (31), Paloma Bernardi (30) e Thaila Ayala (29) foi destaque. “Estou me sentindo uma estrela de cinema”, disparou Adriana, em clássico look preto. “Vestido preto e batom vermelho são meus aliados”, emendou ela. “Foi um momento mágico!”, definiu Izabel, sobre cruzar o tapete. “Sou prática para me arrumar, mas em noites como essa, passo horas fazendo a produção”, atestou Isabelli. Convidadas para assistir à première de O Pequeno Príncipe, Paloma, Thaila e Milena capricharam no visual. Ousada com fenda e decote generosos, Paloma estava entre as mais animadas. “A sensação de passar por esse red carpet? É puro glamour”, destacou ela. “Cannes está cheia de lugares incríveis para explorar, sem falar que é o coração da sétima arte”, apontou Thaila, que escolheu exuberante modelo branco com rendas e transparências e entrou no clima de sua nova aposta: o cinema internacional. Ela está no elenco de Rio Heat, produção entre Brasil e Canadá, e de The Long Home, dirigido por James Franco (37), de quem já foi apontada como affaire durante estada em Nova York.
Brilhos, pedrarias e bordados ofuscaram as premières e ressaltaram a beleza de musas como Paris Hilton (34), Eva Longoria (40) e Irina Shayk (29). “Meu estilo mudou e evoluiu bastante nos últimos anos. Tenho medo de ver minhas fotos em tapetes vermelhos no início da carreira”, divertiu-se Eva, abusando da transparência lateral.
O visual sparkling foi ainda opção da apresentadora Marina Person (46), que aproveitou a viagem para gravar matérias para seu programa, o Metrópolis, da TV Cultura. A premiação parecia fazer jus ao país que sedia o evento, a França. Além do longa Dheepan e da atriz Emmanuelle Bercot, o talento francês ainda foi representado por Vincent Lindon (55), que levou para casa o prêmio de Melhor Ator por sua atuação em La Loi du Marché. “Cannes celebrou o cinema francês. Não é porque estamos em casa que não podemos ganhar”, frisou Vincent. Clássicos, modelitos pretos apareceram em versões dramáticas, opção da francesa Linda Hardy (41), e em modelagens mais ousadas, como o decotado look de Cate Blanchett. “Há curiosidade sobre as roupas usadas pelas mulheres no tapete vermelho, mas não podemos nos esquecer que acima disso está o nosso trabalho e é por isso que estamos aqui”, refletiu Cate. O viés feminista, aliás, gerou polêmica ao longo do evento, quando convidadas reclamaram de serem barradas do festival por não estarem usando salto alto. A organização, no entanto, desmentiu a informação e provou não fazer distinção entre sexos, em feito inédito, premiando a primeira mulher com uma Palma de Ouro por sua trajetória, a cineasta belga Agnès Varda (86). Democrática, a Croisette ainda reservou espaço para figurinos “artísticos”, como o da atriz Aishwarya Rai Bachchan (41), repleto de babados e recortes. Já Marion Cotillard (39) deixou o longo de lado e investiu em míni com pedrarias. “É bom surpreender e ser diferente”, resumiu ela, exemplo de que o glamour impresso por cada estrela no festival confere ainda mais expressão à láurea.
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