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Por que amamentar diminui as chances de desenvolver câncer de mama? Entenda

Em entrevista à CARAS Brasil, o oncologista Jorge Abissamra fala dos benefícios da amamentação para saúde das mulheres e relação com câncer de mama

Felipe França e Jorge Abissamra

por Felipe França e Jorge Abissamra

Publicado em 26/08/2024, às 11h32

Mulheres que amamentam diminuem em 4,3% as chances de desenvolverem câncer de mama - Shutterstock

A amamentação é um momento de grande conexão entre a mãe e o seu bebê, mas além dessa proximidade, esse ato também pode causar diversos benefícios para saúde da mulher, inclusive, diminuir as chances de desenvolver câncer de mama, mas por que isso acontece? Em entrevista à CARAS Brasil, o oncologista Jorge Abissamra explica qual a relação da amamentação com doenças oncológicas. 

Um estudo realizado pelo Grupo Colaborativo de Fatores Hormonais no Câncer de Mama indicou que a cada doze meses que uma mulher amamenta, seu risco de desenvolver câncer de mama diminui em 4,3%. E em mulheres que amamentam por período superior há trezes meses apresentam 63% menos possibilidade de desenvolvimento de câncer de ovário.

Segundo o especialista, câncer de mama é o segundo com maior prevalência entre as mulheres, perdendo apenas para o de pele não melanoma, desse modo, as mães em processo de amamentação afastam o risco de contrair câncer pelo simples ato de amamentar.

"A amamentação salva vidas, do bebê e das mulheres que amamentam, quanto maior o período de amamentação, maior é a proteção da saúde de ambos. Estudos indicam que mulheres que amamentam no período maior que seis meses apresentam três vezes menos o risco de morte, comparado às mulheres que amamentaram por um período inferior", avalia.

QUAL A RELAÇÃO DA AMAMENTAÇÃO COM O CÂNCER DE MAMA?

O Dr. Jorge explica porque mulheres que amamentam apresentam menores chances de desenvolverem câncer de mama: "Durante o período posterior ao parto, há um natural processo de involução da mama, desse modo, ocorre uma diferenciação de células mamárias, impedindo que as mesmas tornam-se cancerosas".

O oncologista esclarece que a amamentação colabora para a queda dos hormônios que contribuem para o desenvolvimento do câncer de mama, ao mesmo passo, promove a eliminação das células que poderiam ter lesões, desse modo, as mulheres tornam-se mais protegidas.

"É importante destacar também que durante a amamentação, as mulheres renovam o tecido mamário, contribuindo para a remoção de células danosas ao DNA, impedindo assim, a formação de células cancerosas. Quanto maior o período de amamentação, maior o desenvolvimento da saúde dos bebês e também, a proteção das mulheres", declara. 

O Brasil instituiu o mês de agosto como mês do aleitamento materno; que passou a ser denominado de Agosto Dourado. A iniciativa visa informar a população sobre a importância do aleitamento materno a partir de ampla divulgação da lei, acompanhado de campanhas de conscientização, palestras e identificação de espaços diversos com a cor dourada.

CONFIRA PUBLICAÇÃO RECENTE DO DR. JORGE COM A CARAS BRASIL: 

 

Felipe França e Jorge Abissamra

Dr. Jorge Abissamra é médico (145307 CRM SP) pela Universidade de Santo Amaro e especialista em Clínica Médica pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e especialista em Oncologia Clínica pelo Instituto de Câncer Arnaldo Vieira de Carvalho. Atualmente é coordenador da Oncologia da Hospital Santa Clara e coordenador da Oncologia da HapVida Intermedica NotreDame. Também atua como diretor da Oncologia da Amo Saúde e possui experiência na área de Clínica Médica, com ênfase em Oncologia.

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