Homem de 41 anos foi encontrado morto no navio de Maiara e Maraisa; causa foi revelada
O passageiro do Cruzeiro de Maiara e Maraisa (36) encontrado morto na madrugada deste sábado, 30, no navio MSC Seaview, morreu de mal súbito enquanto dormia, segundo apontou um laudo preliminar. Ele viajava acompanhado da esposa e da filha.
A Marinha esteve no local e apurou informações para encaminhar o caso ao Tribunal Marítimo. Procurada pela CARAS Brasil, a equipe das cantoras sertanejas informou que prestou toda assistência necessária aos familiares do homem.
"Assim que relatado, as equipes médicas a bordo foram acionadas de imediato e prestaram toda a assistência necessária à família. Além disso, estamos trabalhando em total colaboração com as autoridades competentes para assegurar que todos os procedimentos sejam realizados de maneira adequada e respeitosa", diz.
Em entrevista à CARAS Brasil, Arthur Felipe Giambona Rente, Especialista em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC, explica que algumas pessoas têm predisposição para mal súbito. O problema é grave e pode levar à morte, como o que ocorreu com o fã de Maiara e Maraisa.
"O mal súbito pode ser causado por uma série de fatores, muitos deles relacionados ao sistema cardiovascular. Entre as causas mais comuns estão o infarto agudo do miocárdio, arritmias cardíacas graves, acidente vascular cerebral (AVC), embolia pulmonar e até mesmo condições não cardíacas, como hipoglicemia severa, desidratação ou crises epilépticas. Além disso, fatores externos, como esforço físico excessivo ou calor extremo podem levar a mal súbito", diz.
"Vale lembrar que por mais que o mal súbito seja lembrado quando acontece em pessoas jovens e atletas (em suma maioria causado por arritmias ou doenças genéticas), qualquer pessoa pode sofrer um ataque súbito", complementa.
Determinados grupos de pessoas com algumas condições podem sofrer de mal súbito. O especialista explica que pessoas jovens e saudáveis, aparentemente, também correm risco.
"Sim, algumas pessoas têm maior predisposição ao mal súbito, especialmente aquelas com histórico familiar de doenças cardíacas, hipertensão, diabetes, colesterol elevado ou hábitos de vida não saudáveis, doenças genéticas, como a síndrome de Brugada ou cardiomiopatias, também aumentam o risco, principalmente em jovens aparentemente saudáveis", afirma.
Apesar de grave, o mal súbito pode ser evitado. O cardiologista explica que, em muitos casos, a prevenção está diretamente ligada ao controle de fatores de risco com acompanhamento médico regular.
"Manter um estilo de vida saudável, evitar excessos e cuidar de condições de saúde preexistentes são medidas eficazes. Contudo, em casos de doenças genéticas ou condições não diagnosticadas, o mal súbito pode ser imprevisível, algumas situações a pessoa tem que ter um acompanhamento intenso, fazendo uso de medicações, dispositivos implantáveis (como exemplo o CDI, cardiodesfibrilador implantável, e restrições de atividades físicas e laborais)", alerta.
O médico também pontua: "Saber reconhecer os sinais de alerta (como dor no peito, falta de ar ou tontura) e agir rapidamente pode salvar vidas. Se houver histórico familiar ou sintomas preocupantes, procure um cardiologista para uma avaliação detalhada."
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