PARA OS FILHOS

Introdução alimentar: Pediatra explica como construir hábitos saudáveis desde cedo

Em entrevista à CARAS Brasil, o pediatra Miguel Liberato oferece dicas valiosas para pais garantirem uma alimentação equilibrada e saudável de seus filhos

Surenã Dias e Dr. Miguel Liberato

por Surenã Dias e Dr. Miguel Liberato

Publicado em 07/08/2024, às 18h52

A introdução alimentar é um marco importante no desenvolvimento infantil - Foto: Freepik

A introdução alimentar é um marco fundamental no desenvolvimento de um bebê, representando a transição do aleitamento exclusivo para a inclusão de alimentos sólidos na dieta. Este processo não apenas influencia a saúde imediata da criança, mas também molda seus hábitos alimentares futuros. Em entrevista à CARAS Brasil, o médico pediatra Miguel Liberato detalhou como pais e mães podem ajudar neste período decisivo na vida das crianças.

"A introdução alimentar é um grande jogo de paciência e perseverança. Muitas vezes, as crianças não aceitam um alimento no primeiro contato. Desse modo, temos que voltar a oferecer alimentos recusados com frequência no período de introdução alimentar", afirma. 

Conforme recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e Ministério da Saúde, a introdução alimentar deve iniciar por volta dos seis meses de idade, o que pode ter um impacto significativo na formação de hábitos saudáveis desde cedo. "É importante que a introdução alimentar seja feita de forma correta, para reduzir as chances da criança evoluir com seletividade".

A escolha dos primeiros alimentos é crucial, o especialista sugere iniciar com alimentos naturais e variados, evitando produtos industrializados e ricos em açúcares, para evitar que eles acabem provocando um interesse negativo por esses tipos de alimentos menos nutritivos e saudáveis. 

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"A introdução precoce do açúcar é um grande vilão, pois a criança pode começar a ter preferência por sabores muito doces e recusar outros. É importante também que no momento da refeição a criança não esteja distraída com telas ou outras coisas, para que ela possa sentir as texturas e sabores dos alimentos", explica. 

A pressão para que o bebê coma determinadas quantidades ou tipos de alimentos pode também provocar um resultado oposto, já que cada criança tem seu próprio ritmo e preferências alimentares. Além disso, o pediatra alerta sobre a necessidade de respeitar as diferenças e oferecer uma variedade de alimentos de forma paciente.

"Não pressione, não force ou faça chantagem. Tenha horários para refeições, coloquem as crianças para terem as refeições no mesmo momento que a família. Caso ela não aceite no momento, não substitua por doces ou alimentos sem valores nutritivos só para a criança aceitar comer, isso tende a piorar. E se observar que está havendo persistência do quadro, procure ajuda. Lembrando, tudo começa na introdução alimentar", finaliza.

Surenã Dias e Dr. Miguel Liberato

Dr. Miguel Liberato é endocrinologista pediátrico formado em Pediatria (CRM 170830) na Universidade Federal do Espírito Santo, com especialização pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e título pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Professor do curso de Medicina da Faculdade das Américas e da pós-graduação em Endocrinologia Pediátrica no Instituto Superior de Medicina (ISMD).

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