Em participação no podcast CARAS, Ana Hickmann falou sobre a pressão estética imposta para as modelos no passado
Ana Hickmann (42) desabafou sobre os padrões de beleza do passado. Em participação no podcast CARAS, a apresentadora falou sobre as tendências da época em que iniciou sua carreira como modelo. Ela contou que isso mexia com o seu psicológico, mas que entendeu aquilo como uma profissão. "O tempo todo", disparou.
"Existia um padrão o tempo todo. Assim como a gente tem a tendência da roupa, das cores, ou hoje das trends que a gente vê no mundo digital, mas redes sociais. Ali também existiam padrões que eram universais, aquilo não mudava em momento algum. Tamanho do seu quadril, da sua cintura, o seu limite de altura para baixo. E também o momento dos biotipos. Ou você era considerada extremamente comercial, bonitinha, perfeitinha ou você era andrógena, fashion. Então tinham essas classificações diferentes e isso era muito complicado", declarou Ana Hickmann.
"Quando eu comecei em 1996, a androginia estava começando a despontar muito forte, que uma expressão que eu, particularmente não gosto, mas era da época, "heroin chic", que eram as mulheres com aquela cara de doente mesmo, olhos profundos, muito magras e com uma cara bem sombria. Essa era a vertente, a tendência daquele momento de beleza".
A loira falou que essa tendência foi mudando e contou quais eram as exigências feitas para as modelos. "Só que aí imagina, para você, 15 anos de idade, para você bombar, para ser alguém, fazer tal revista, tem que trabalhar com tal fotógrafo, tem que ter 89cm de quadril, se você tiver isso, você está gorda. Se você não tiver com a pele boa.... imagina, você é adolescente, transição de hormônios, espinha era uma coisa que brotava. Não tinha photoshop, o máximo que você tinha era um corretivo para dar um jeitinho e era inadmissível você ter a pele ruim. Corpo tinha que estar impecável", desabafou ela.
Ana Hickmann ainda contou que era difícil lidar com a pressão estética imposta e que isso mexeu com seu psicológico. "Mexeu em algumas situações, não tem como dizer que não. Querendo ou não você é jovem e principalmente você está mexendo com a sua autoestima [...] Mas eu entendi aquilo como profissão. Eu nunca me peguei buscando algo por querer ser daquele jeito, como ser humano como beleza feminina. Eu tinha necessidade de fazer certas coisas por conta da minha profissão. Eu preciso fazer o melhor, de alguma forma ou de outra. Mas graças a Deus toda tendência tem começo, meio e fim. Por causa de mulheres brasileiras a tendência começou a mudar", completou a famosa.
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