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Só uma pequena parte dos casos de sinovite é tratada com cirurgia

por José Ricardo Pécora* Publicado em 27/07/2010, às 11h16 - Atualizado em 04/12/2012, às 15h54

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Só uma pequena parte dos casos de sinovite é tratada com cirurgia
Só uma pequena parte dos casos de sinovite é tratada com cirurgia
Sinovite é uma inflamação da membrana sinovial, que reveste internamente a superfície das articulações humanas. Ela produz o líquido sinovial, que tem como função nutrir e proteger a cartilagem que cobre as extremidades ósseas nas articulações. O líquido sinovial também lubrifica a articulação, diminuindo o atrito sobre a cartilagem articular durante os movimentos. Qualquer processo inflamatório que acometa a membrana sinovial, independente da causa, é chamado sinovite. Ela se manifesta com dor, limitação da mobilidade articular e aumento da temperatura local e do volume da articulação, provocado principalmente pela produção excessiva do líquido sinovial. As causas mais importantes de sinovite são: a) traumáticas; b) secundárias a doenças reumáticas; c) associadas a processos degenerativos como artrose; e d) infecciosas. As sinovites traumáticas são as mais frequentes e na maioria das vezes estão relacionadas à atividade física ou esportiva. Traumas diretos, entorses ou sobrecarga na articulação causados por atividade física acima da capacidade de absorção de choque das estruturas articulares podem levar à irritação de toda a articulação e à sinovite. O joelho, por ser a articulação mais exposta no esporte, tanto a traumas diretos quanto à sobrecarga crônica, é a articulação que mais apresenta sinovite traumática. O diagnóstico inicial é clínico. A ressonância magnética, de outro lado, revela aumento da quantidade de líquido sinovial na articulação. Na maioria dos casos o quadro é leve e não causa incapacidade funcional, permitindo que a pessoa pratique as suas atividades. No entanto, ela pode sentir algum desconforto mais ou menos intenso no final dos exercícios. Neste caso, o afastamento temporário das atividades físicas intensas e uma reprogramação dos exercícios de fortalecimento da musculatura de acordo com a capacidade física de cada um, no sentido de promover um adequado condicionamento e reequilíbrio muscular, costumam controlar os sintomas. Nos casos mais graves, o tratamento consiste na associação de medicamentos antiinflamatórios e meios físicos (fisioterapia). Durante o tratamento, o paciente faz repouso e crioterapia (aplicação de gelo) para ajudar na regressão do processo inflamatório. A grande maioria das pessoas tem a regressão completa dos sintomas com o tratamento conservador, ou seja, sem cirurgia. Quando a inflamação não regride com medicamentos e fisioterapia, há necessidade de cirurgia, que é feita por artroscopia, procedimento minimamente invasivo com o objetivo de reduzir o tempo de recuperação do paciente. No entanto, é preciso analisar se existe a associação de lesões típicas do joelho, como distúrbios da cartilagem articular, dos meniscos ou dos ligamentos, que também são causas de sinovite. Quando os sintomas dessas lesões não regridem com o tratamento conservador, também devem ser tratadas cirurgicamente para a sua reparação. Uma avaliação adequada do quadro com o objetivo de diagnosticar a real causa da sinovite é o que vai determinar o tratamento ideal, seja ele conservador, seja cirúrgico. Pessoas com sintomas devem consultar logo um ortopedista.