Após 28 dias no hospital, galã vence a primeira etapa do tratamento do linfoma e cumpre repouso entre seu clã
Com uma expressão tranquila e demonstrando otimismo, o ator Reynaldo Gianecchini (38) deixou o Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, na sexta-feira, dia 26. Diagnosticado com linfoma não- Hodgkin de células T Angioimunoblástico, um tipo mais raro de câncer que afeta as células de defesa, Giane passou pela primeira fase da quimioterapia. “Eu me sinto forte, e parte dessa força veio do amor das pessoas que torceram por mim e me apoiaram. Não tenho palavras para agradecer tanto carinho”, comentou ele, com a voz um tanto rouca, sob os olhares atentos da mãe, Heloísa Helena (70), e da tia paterna Roberta, que acompanharam emocionadas as declarações de Gianecchini, internado desde o dia 30 de julho.
Sorridente e um pouco abatido, o galã global de novelas como Laços de Família, de 2000, e Passione, de 2010, seguiu para seu apartamento no elegante bairro Jardim Paulista, também em São Paulo, onde irá repousar e se preparar para a próxima sessão de quimioterapia, que deve acontecer em uma semana. “Ainda vou me pronunciar, mas agora preciso ficar quietinho e tranquilo para poder descansar bastante. Conto com o carinho de todos”, emendou ele, cercado por dezenas de admiradores e pela imprensa.
Além da mãe e da irmã, as produtoras Célia Forte (49) e Selma Morente (48), da peça Cruel — último trabalho do ator antes da internação, na qual dividia o palco do Teatro Faap com os atores Maria Manoella (33) e Erik Marmo (35) —, também estavam ao lado dele quando teve alta. “Fui buscá-lo no hospital e ele quis sair pela porta da frente. Giane não tem problema em falar sobre a doença. As pessoas ficam doentes e se curam nesse País”, ressaltou Célia, que conduziu o amigo em seu carro para casa. “No trajeto ele se mostrou confiante e emocionado com o carinho que recebeu na porta do hospital”, disse ela, referindo-se aos inesperados aplausos assim que ele surgiu na porta. “Giane estava bastante surpreso e impressionado”, emendou ela.
Antes de passar pela quimioterapia, o ator sofreu uma hemorragia durante a colocação do cateter venoso central para receber a medicação. O paciente chegou a ser encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva, mas logo o sangramento foi contido e voltou para o quarto, onde passou os dias lendo e se alimentando normalmente. Como o tratamento deverá durar de seis a oito meses, Gianecchini deixou o hospital com o cateter. O procedimento tem a função de evitar que a cada vez que ele vá receber uma nova dose de quimioterapia uma nova veia seja perfurada.
Os médicos responsáveis pelo caso do ator são o infectologista David Uip (58), a hematologista Yana Novis e o cirurgião e gastroenterologista Raul Cutait (61). “A infecção na garganta foi controlada, e ele começou a quimioterapia. Agora quem passa a tratá-lo é a doutora Yana Novis. Todos os méritos serão dela daqui para frente”, afirmou David, que assim como Yana, também cuidaram da presidente Dilma Rousseff (63) em 2009, quando ela teve um linfoma.
Antes de ter o diagnóstico de câncer, o ator passou por uma cirurgia de hérnia na virilha direita, realizada por Cutait. Um mês depois apareceram gânglios na região e também no pescoço.
Com o tempo, os gânglios do pescoço aumentaram de tamanho e quantidade. Ele foi internado e após passar por uma série de exames foi descoberto o linfoma, considerado o tipo de câncer que mais cresceu em incidência nos últimos 25 anos. Apesar de ser mais agressivo em pacientes jovens, o tratamento tem obtido maior sucesso em pessoas com menos de 60 anos.
O pai de Giane, o professor de Química Reynaldo Cisco Gianecchini (71), que luta há oito meses contra o câncer no pâncreas e no fígado, continua internado em um hospital de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Recluso em casa, o galã global ainda não tem previsão de quando conseguirá visitar o pai. Enquanto isso, dona Heloísa se divide nos cuidados com o marido e o filho.