Conhecido por suas participações em seriados de TV como Early Edition, Frasier, Friends, Law & Order e Lost, Fisher Stevens (47) é um velho freqüentador do Brasil. A ponto de perder as contas. "Acho que já estive aqui umas sete vezes", calcula o ator norte-americano. A primeira vez foi em 1993, quando fez uma participação no filme O Que é Isso Companheiro?, de Bruno Barreto (55). Depois, voltou de férias com o amigo e galã Matt Dillon (47) e, além do Rio, esteve em Fortaleza, Salvador e Fernando de Noronha. Ano passado filmou Rio Sex Comedy, do cineasta Jonathan Nossiter (49), seu conterrâneo radicado no Brasil há seis anos. Fisher, que mora em Nova York, também é diretor e produziu The Cove, documentário ecológico sobre a matança de golfinhos no Japão que ganhou o Oscar no ano passado.
- O que mais atrai no Rio?
- Acho muito interessante a cultura carioca. As praias, a beleza, um lugar único. Não sei se moraria aqui por causa do trabalho, mas teria um pequeno apartamento. Realmente amo a cidade.
- E já aprendeu português?
- Não falo bem ainda, mas estou aprendendo. Só que viajo muito, às vezes confundo as línguas. Sai um pouco de italiano, de francês... Dois meses não é o suficiente para aprender. Jonathan está aqui há seis anos e ainda está aprendendo, é uma língua difícil.
- É a sua segunda visita à Ilha de CARAS, não é?
- Sim, estive aqui há alguns anos. Peguei um jet ski e me perdi. Perguntava a todo mundo onde era a Ilha e ninguém entendia. Tiveram que me resgatar, um cara chamou no rádio e vários barquinhos foram me procurar.
- Que lugares você visitou ao filmar Rio Sex Comedy?
- Estive em Ipanema, Rocinha, Vidigal, Lapa... Também fui a bailes funk e ao Maracanã, ver o Flamengo, time para o qual torço e tenho várias camisas. Depois, voltei à Rocinha para fazer imagens para um documentário que estou rodando em vários países.
- Você está namorando? Por que não casou até hoje?
- Não tenho namorada no momento. Faço muitas coisas ao mesmo tempo, viajo bastante. Mas quero ter filhos. Vou continuar minhas viagens nos próximos dois anos e depois vou diminuir o ritmo para pensar no assunto. Quase casei várias vezes, a última não deu certo porque não consegui parar. Só em 2010 dei a volta ao mundo duas vezes em quatro meses e fiz três documentários. Quem sabe não me caso com uma brasileira?
- Você também é muito envolvido com causas sociais, não é?
- Sou! Trabalhei duro contra George W. Bush. Acho que ele foi o pior presidente da história, um homem muito perigoso e que realmente feriu os Estados Unidos. Mas não adiantou muito, ganhou duas eleições. Quero contribuir para mudar o mundo, por isso faço documentários. Fiquei feliz porque The Cove ajudou a diminuir a matança dos golfinhos. Gosto de atuar, mas prefiro dirigir e produzir.
- Você gosta da comida e da música brasileiras?
- Adoro moqueca e frutas como açaí. E amo pão de queijo e a música brasileira. Ouço todos os dias, mesmo quando estou em Nova York. Gosto de Elis Regina, Tom Jobim, Carlinhos Brown, Bebel Gilberto, Milton Nascimento... Mas Jorge Ben Jor é meu preferido. Conheci através do Matt Dillon. Acho que Jorge é meu cantor favorito do mundo inteiro.
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