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Halitose, que é sintoma de doenças, atinge 57 milhões de pessoas no País

Redação Publicado em 11/10/2011, às 09h16 - Atualizado em 08/08/2019, às 15h43

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Halitose é o nome que os profissionais de saúde dão para mau hálito. Segundo a Associação Brasileira de Halitose (ABHA), o problema atinge 30% da população, ou cerca de 57 milhões de brasileiros.

O mau hálito ocorre em pessoas de todas as faixas etárias, mas é mais comum nos homens adultos. Pode ser transitório — ou seja, manifestar-se de repente e desaparecer pouco tempo depois — ou crônico. A halitose transitória pode atingir qualquer pessoa. Deve-se sobretudo ao consumo de alimentos como cebola, brócolis, alho, repolho e couve-flor. A explicação é a seguinte: ao ser triturados, tais alimentos liberam partículas que se fixam na língua. As bactérias as decompõem e, então, ao simples gesto de abrir a boca a pessoa espalha no ar o seu mau hálito.

Já a causa mais comum da halitose crônica é a doença periodontal, que pode se desenvolver tanto em crianças cujos dentes de leite já nasceram, quanto nas maiores, em adolescentes e nos adultos. Ela resulta da má higienização bucal. O mecanismo de sua formação é este: a pessoa não higieniza ou não higieniza bem seus dentes após as refeições, isto é, não os escova de maneira adequada nem passa fio dental. Ocorre uma aglomeração de bactérias sobre um grupo de dentes, formando com restos alimentares e substâncias salivares a chamada placa bacteriana. Se ela não é removida, pode haver necrose da superfície dos dentes, o que é chamado cárie. A placa pode levar também à inflamação da gengiva, a conhecida gengivite. Quando essa doença não é tratada, a infecção pode ir penetrando e necrosando os tecidos em volta dos dentes. Todo esse processo causa tanto mau hálito quanto coloca os dentes atingidos em risco.

Outra causa importante de halitose crônica é a não higienização ou a higienização inadequada da parte plana da língua. Também este órgão, como você sabe, precisa ser escovado após as refeições. Quando isso não é feito, acumulam-se partículas de alimentos principalmente na porção mais interna da língua, que, sob a ação das bactérias, forma uma espécie de “placa” malcheirosa.

Também causam halitose a diminuição do fluxo de saliva na boca por doenças como o diabetes, por estresse, pela ingestão de medicamentos — reguladores de apetite e outros — ou mesmo pelo consumo insuficiente de líquidos; e doenças como amigdalite, faringite, esofagite e do estômago.

Infelizmente, grande parte dos portadores não percebe que tem mau hálito. Parentes e amigos, de outro lado, às vezes se sentem constrangidos e também não lhes dizem nada. Preferem evitar a companhia deles. As consequências são que acabam ficando sozinhos. Têm dificuldade para conseguir parceiros amorosos e até mesmo trabalho. A autoestima deles, claro, despenca.

Felizmente, é possível evitar pelo menos parte dos casos de halitose com algumas medidas básicas. Tome ao menos 8 copos de água diariamente. Evite consumir alimentos que dão mau hálito; se consumir, higienize logo sua boca. Escove bem os dentes e passe fio dental após as principais refeições. Escove igualmente sua língua. Vá ao dentista todo semestre, faça uma avaliação e, se tiver algum problema, trate logo. Pessoas que estejam com doenças como amigdalite, faringite, esofagite e estomacais, enfim, são encaminhadas a um especialista para o diagnóstico e o tratamento.