O apresentador comentou as críticas que têm recebido dos internautas após entrevistar Dilma Rousseff no Jornal Nacional
William Bonner resolveu rebater as novas críticas que recebeu dos internautas após a entrevista com Dilma Rousseff no Jornal Nacional no começo desta semana.
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Em sua conta no Twitter nesta quarta-feira, 20, o jornalista ironizou aqueles a quem chamou de "robozinho partidário" e colocou uma suposta lista de perguntas que eles próprios fariam aos seus candidatos favoritos.
Tão bonitinho ver robozinho partidário replicar mimimi porque fizeram pergunta difícil pra candidato! Uown! "Jornalista mal-criado e feio!"
— William Bonner (@realwbonner) 20 agosto 2014
Robôs partidários de todos os matizes insatisfeitos! Corruptos insatisfeitos! Blogueiros sujos insatisfeitos! Muito bom! Obrigado mesmo!
— William Bonner (@realwbonner) 20 agosto 2014
Mas o tio divulga as sugestões dos robozinhos partidários pra quando entrevistar candidato DELES. pic.twitter.com/xJgM9W0H3I
— William Bonner (@realwbonner) 20 agosto 2014
Mas esta não foi a primeira vez que Bonner desabafou sobre os comentários ofensivos nas redes sociais. Na semana passada, o apresentador fez um longo texto sobre o seu papel à frente do Jornal Nacional e as entrevistas com os candidatos à presidência do Brasil, como Aécio Neves, o falecido Eduardo Campos e Pastor Everaldo, além de Dilma Rousseff.
"Enquanto aguardamos que o tempo nos permita decolar, vejo com espanto como as paixões eleitorais momentâneas podem alimentar a intolerância de um tipo de eleitor que se considera suficientemente informado sobre os candidatos - e que nega às outras pessoas o direito de se informar. É aquele que não quer saber mais nada. Não quer ouvir explicação sobre nenhuma questão polêmica. E é um direito dele. O problema é quando não quer que ninguém mais tome conhecimento daquelas questões. E, por isso, insulta quem pensa de forma diferente, insulta quem cobra aquelas explicações de candidatos a cargos públicos. Isso se chama obscurantismo. Tenho 30 anos de profissão e me orgulho de ter entrevistado candidatos à presidência do Brasil em 2002, em 2006, em 2010 e neste ano. Em todas as entrevistas, fiz e farei as perguntas que os candidatos prefeririam não ter que ouvir. Assuntos que lhes são desconfortáveis, incômodos. Assuntos que eles não abordam na propaganda eleitoral, obviamente. São assuntos de interesse jornalístico, são assuntos que o eleitor deve conhecer. Todos os candidatos que entrevistei, sem nenhuma exceção, sabiam que era papel deles prestar esses esclarecimentos - e que era meu papel cobrar as explicações. E isso sempre foi feito, de ambas as partes, de forma cordial, serena, respeitosa. Sempre. É esse respeito que falta aos que usam o espaço de comentários de uma foto para insultar, agredir, praguejar contra o conteúdo eminentemente jornalístico de uma entrevista. Insultam não só a mim, como entrevistador, mas a todos os demais eleitores que desejam ser informados sobre as questões polêmicas de todos os candidatos, sejam quem forem. Essa intolerância eu faço questão de deixar registrada nos comentários. Alguma utilidade terá pra quem quiser analisar os frequentadores desse ambiente encantador e agressivo, enriquecedor e mesquinho, democrático e sectário que é a internet", disse Bonner na ocasião.
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