Rainha Silvia: inspiração ao poder feminino

Majestade sueca visita ações sociais de Lu Alckmin em Soirée com Marcela Temer e Bia Doria

Tamara Gaspar Publicado em 18/04/2017, às 06h43

Em SP, Bia e Marcela vão a jantar em recepção à rainha Silvia, após nobre conhecer projetos de Lu Alckmin - MARTIN GURFEIN E REUTERS

Uma mulher que nasceu na Alemanha, mora na Suécia, mas tem um coração verde e amarelo. É assim que a rainha Silvia (73), da Suécia, costuma se definir. Filha da paulista Alice Sommerlath (1906–1997) e casada com o rei Carl XVI Gustaf (70), a nobre desembarcou na capital paulista com o marido para participar do Fórum de Líderes Empresariais Brasil-Suécia e aproveitou para conhecer projetos desenvolvidos pelo Fundo Social de Solidariedade do Estado de SP, presidido pela primeira-dama, Lu Alckmin (65), musa do governador Geraldo Alckmin (64), no Palácio dos Bandeirantes. Sorridente e com o português na ponta da língua, a rainha visitou a Escola de Moda e a Padaria Artesanal. “São projetos lindos, estão de parabéns. O que mais gostei foi ver a alegria e a gratidão de todos que estão aqui aprendendo”, destacou. “Eu também gostaria de fazer parte desses cursos! Na verdade, o de costura, pois não sei se levo muito jeito com os pães”, emendou. “Sua Majestade é uma pessoa sensível às causas sociais, tranquila e amável, um ser humano admirável”, elogiou Lu, que se orgulha de já ter qualificado mais de 159 000 pessoas.

A rainha, que passou parte da infância no Brasil, garante guardar boas memórias daquele tempo. “O que mais tenho são lembranças daqui, mas o carinho e a alegria do brasileiro são coisas que a gente nunca esquece”, exaltou ela, fã de pão de queijo. “Como se faz a receita? É tão gostoso!”, perguntou a uma das alunas. “Também gosto muito de jabuticaba, mas infelizmente não está na época. Gosto de vir para cá em outubro ou novembro, pois é quando consigo comer a fruta”, explicou a nobre, que ganhou cesta de pães feitos na escola. “Vou guardar para o meu café da manhã e depois digo se estava gostoso”, brincou.

Exemplo a ser seguido, a rainha sempre se dedicou às causas sociais. Há quase 20 anos fundou a World Childhood Foundation, que previne o abuso e a exploração de crianças, com sedes na Suécia, Alemanha, Estados Unidos e no Brasil. “É preciso dar voz às crianças. Nós lutamos para dar a elas a oportunidade de se tornarem seres humanos fortes, seguros e responsáveis”, declarou a mãe de Victoria (39), primeira na linha de sucessão ao trono, Carl Philip (37) e Madeleine (34).

Assim como a majestade, Lu faz da família a força motriz para sua missão. “Minha mãe sempre me inspirou a fazer trabalho social. Éramos em 12 irmãos, nunca nos faltou amor e carinho e ela ainda tinha tempo para cuidar das pessoas carentes. Pensava: quero ser igual! Então, com a passagem do Thomaz, ele se tornou minha luz, força e razão para dar continuidade a este trabalho”, exaltou a primeira-dama, citando o caçula, Thomaz, que morreu em acidente de helicóptero em 2015, aos 31 anos. “Estamos neste mundo para servir e ajudar aqueles que precisam. Quando ajudamos o próximo, os maiores beneficiados somos nós mesmos”, acrescentou ela, mãe ainda de Sophia (37) e Geraldo (35). 

Prova de que ao lado de um grande homem sempre há uma grande mulher, a rainha inspirou não apenas a anfitriã do tour, dona Lu, como também duas importantes mulheres da cena política brasileira: as primeiras-damas Marcela Temer (33) e Bia Doria (56), eleitas do presidente da República, Michel Temer (76), e do prefeito paulistano, João Doria (59), respectivamente. O encontro do poderoso quarteto aconteceu após a visita da nobre aos projetos, em um jantar de boas- -vindas aos reis, também no Palácio. “Eu conheci a rainha em 2012 e, desde então, ela é uma inspiração para mim. É uma grande mulher”, afirmou Marcela, embaixadora de programa da primeira infância. “Temos muita coisa a fazer, há uma enorme parcela da população que precisamos atingir. Esse tema é apaixonante e quero continuar trabalhando com ele. É algo que abracei para a vida”, disse a mãe de Michelzinho (7), que, no dia seguinte, participou, com a rainha, de fórum voltado à infância.

O time masculino, claro, se rendeu aos encantos do quarteto. “É sempre um prazer rever a rainha”, frisou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (85). “Faz alguns anos que não vou à Suécia. Como estão os filhos?”, quis saber ele em conversa com a nobre e o senador José Serra (75). Apesar de os negócios serem a pauta principal, Alckmin, Temer e o rei também abordaram o tema solidariedade. “Quando há investimento nas crianças, em saúde e educação, também há investimento no futuro”, exaltou o monarca, na mesma semana em que seu país sofreu um atentado, na capital, Estocolmo. “Os nossos pensamentos estão com as vítimas e suas famílias”, declarou o soberano, que deixou o Brasil com sensação de dever cumprido. “É um momento bastante especial para mim: estar de volta com meu marido no País natal da minha mãe, onde vivi feliz por dez anos da infância”, resumiu a rainha.

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