O apresentador de 57 anos também revelou que as filhas gêmeas "fogem da TV" e que o filho é "mais desinibido"
Gugu Liberato tem muito o que comemorar com o sucesso do programa Gugu nas noites de quarta-feira na Record.
Em formato de temporadas e agora semanal, o programa costuma atingir uma audiência superior a dez pontos no Ibope -- assegurando a vice-liderança a Gugu nas noites de disputa com o futebol na Globo.
Em entrevista exclusiva para a CARAS Digital, o apresentador de 57 anos revelou que este é o formato ideal que vê para ele na TV hoje em dia -- com tempo para se dedicar ao conteúdo do programa e à família -- e descartou voltar a fazer os tradicionais programas de domingo na TV -- quando reinou nas décadas de 1990 e 2000. "Não é meu objetivo no momento. O programa está indo muito bem às quartas-feiras e, em time que está ganhando, não se mexe. Reservo os outros dias para gravar as reportagens do programa e também para ficar mais tempo com minha família e cuidar dos negócios da minha produtora, a GGP", explicou.
Gugu revelou ainda o desejo de produzir mais conteúdo para as crianças na TV -- que hoje encontram poucas opções de entretenimento nas emissoras abertas. "Acho que hoje o público mais difícil de se atingir na TV aberta são as crianças. Quem sabe se eu encontrasse uma fórmula de falar com esse público que anda preferindo o cabo ou a internet?", questionou.
O pai de João Augusto (14) e das gêmeas Sofia e Marina (12) -- frutos de seu relacionamento com Rose Miriam -- também contou que as filhas "correm da TV". "Meu filho já é mais desinibido. Sempre digo que eles escolham uma profissão que eles gostem. Seja na TV ou não", afirmou.
Veja a entrevista na íntegra:
Como analisa esta mais recente temporada do programa 'Gugu' na Record – sempre com médias acima de 10 pontos e reportagens com boa repercussão após a exibição na TV?
Muito positiva. Estou feliz com o trabalho, que é de toda uma equipe, e também com as entrevistas e os resultados de audiência. Meu objetivo é levar informação e diversão para toda a família e a resposta do público é sempre o principal indicativo se estamos no caminho certo ou não.
Este formato do programa semanal é o que mais lhe agrada na TV? Acredita que deverá manter o formato de temporadas ou há o desejo seu de torná-lo fixo na grade da emissora?
Sim, porque temos mais tempo para pensarmos o programa, gravar externas e planejar as pautas. Depois de muito tempo fazendo programa aos domingos e, no ano passado, fazendo três edições por semana do programa, agora sei que é a melhor opção. Este ano estamos fazendo mais uma temporada, mas que praticamente dura o ano inteiro. A cada ano vamos renovando esse compromisso.
Se surgisse o convite da Record ou de outra emissora para voltar a apresentar os programas de domingo à tarde/noite, cogitaria a possibilidade de migração?
Não é meu objetivo no momento. O programa está indo muito bem às quartas-feiras e, em time que está ganhando, não se mexe. Reservo os outros dias para gravar as reportagens do programa e também para ficar mais tempo com minha família e cuidar dos negócios da minha produtora, a GGP.
Como você vê a televisão que é feita hoje? Você acha que mudou muito desde a época em que você apresentava programa aos domingos?
Mudou por causa da velocidade da informação com o advento da internet e das redes sociais. Hoje tudo é muito rápido e temos que estar mais atentos ao conteúdo e à veracidade dos fatos. Mas, por outro lado, a essência da televisão continua a mesma: informar, emocionar e levar entretenimento para as pessoas que estão ali em casa, esperando por você. O modo como isso é feito hoje é mais instantâneo, mas o ser humano continua o mesmo, com seus sonhos e desafios.
Analisando as grades da TV nos domingos, sente falta de alguma coisa? O que faria de novo ou diferente?
O público dos domingos é extremamente abrangente, atingindo todos os níveis sociais e faixas etárias. A crise do país está fazendo com que as pessoas assistam mais televisão pois é mais barato do que sair, então penso que as TVs estão nesse caminho com quadros que agradem a toda família.
Qual projeto pensa em desenvolver na TV que ainda não teve oportunidade de realizar?
Já fiz tanta coisa na TV que fica difícil responder a esta pergunta. Mas acho que hoje o público mais difícil de se atingir na TV aberta são as crianças. Quem sabe se eu encontrasse uma fórmula de falar com esse público que anda preferindo o cabo ou a internet ?
O que sente falta de assistir na TV aberta hoje em dia? Por que acha que as pessoas estão migrando cada vez mais para a TV a cabo ou outras plataformas, como a Netflix?
A TV aberta será cada vez mais voltada a informação ao vivo. É uma tendência mundial.
Quais programas ou séries mais gosta de assistir?
Assisto basicamente aos telejornais e comparo a linha editorial de cada veículo.
Algum de seus três filhos já conversou com você sobre seguir a carreira artística? Os incentivaria de alguma forma ou vê com cautela a exposição na TV?
Minhas filhas correm da TV. Meu filho já é mais desinibido. Sempre digo que eles escolham uma profissão que eles gostem. Seja na TV ou não.
Seu filho tem um canal no Youtube. Você acha que esta é uma saída para novos apresentadores/formatos inovadores para a TV?
Dou a maior força para ele que tem o canal Chef Do Futuro no YouTube. Acredito que as redes sociais desempenham hoje a grande janela para os novos talentos.
Hoje as redes sociais aproximam os artistas do público. Você acha saudável esta relação?
Acredito que sim, esta relação é muito saudável. Antigamente alguns artistas eram tidos como “semideuses”, justamente pelo distanciamento a que eram colocados. Agora não, através das redes sociais todos têm chances de falar com seus ídolos.
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