Em entrevista à CARAS, Samuel de Assis refletiu sobre personagem de Vai na Fé e titulo de galã que tem recebido dos fãs
O ator Samuel de Assis (40), confessou que, apesar de estar levando o título de ‘galã global’ após protagonizar a novela Vai na Fé, da TV Globo, não se achava bonito e até chegou a fazer terapia para entender os elogios a sua beleza. "Foi uma construção", disse.
Em entrevista à revista CARAS, Samuel abriu o coração e falou um pouco sobre sua intimidade. Em meio ao sucesso da trama das 19h da TV Globo, ele refletiu sobre as dificuldades enfrentadas por muitos homens negros no Brasil.
"Eu nunca me achei um cara bonito, mas acho que isso também vem dessa falta de representatividade que nós, pessoas pretas, temos de não nos vermos em lugar nenhum. Então, é muito natural que pessoas como nós cresçamos sem nos acharmos bonitos, porque a nossa cultura, o nosso País, fica o dia inteiro botando na nossa cara que ser bonito é ser outra coisa. É ser heterossexual, é ser branco, magro e sem sotaque nordestino", declarou.
Samuel completou falando que nunca esteve inserido em um padrão, nem mesmo social, que agradasse outras pessoas. "Eu era um preto que vinha do Nordeste. Culturalmente eu fui educado para não me achar bonito mesmo. Então, foi toda uma construção. Haja terapia para a gente aprender a se olhar e se achar uma pessoa bonita", contou.
Sobre agora levar o título de 'galã', o artista confessou que está se divertindo com a repercussão e elogios dos fãs. "Eu acho o máximo! Acho legal ser visto como um galã dessa geração, que é superdiferenciada, é um outro tipo de galã", disse.
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"O que acho mais legal: o galã de hoje em dia não é aquele viril, branco e que não chora. O galã de hoje em dia é o homem de verdade, é o homem que está aprendendo a lidar com as suas emoções. E acho que por isso o Benjamin faz tanto sucesso, por isso que ele é um cara tão próximo das pessoas, que o público admira tanto", afirmou.
Feliz com a oportunidade, o interprete do advogado Benjamin afirmou que se sente grato de dar vida a um personagem que ajuda a desconstruir tabus: "A gente, quando nasce homem, a gente é educado a não lidar com as emoções, a gente tem que suprir todas esses emoções. É o famoso ‘homem não chora’. Por isso, acho que ser esse tipo de galã me interessa muito mais e acho muito mais legal".
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