Em coletiva de imprensa, com participação da CARAS Brasil, Giovanni Venturini relembra bastidor da série Justiça e revela que quase brigou com autora
Giovanni Venturini é um dos destaques da segunda temporada de Justiça, série que estreia nesta quinta-feira, 11, no Globoplay. Ator com nanismo, ele conta que quase brigou com a autora Manuela Dias após achar que um artista sem deficiência interpretaria um personagem cadeirante.
"Quando eu li a história quase arrumei uma briga com a Manuela, ela não sabe disso. Eu estava lendo e falei: ‘Nossa, ela não falou sobre o nanismo, eles vão colocar um ator que não é cadeirante, eu preciso avisar ela, eu preciso falar pra ela que não pode’. Quando eu soube da escalação do Luciano Mallmann eu falei: ‘Ufa, eles estão atentos realmente, não foi só comigo’. Fiquei muito feliz que ele vai fazer o personagem”, relembra.
Durante a coletiva de imprensa da série, com participação da CARAS Brasil, a autora da série conta que a Globo precisou fazer investimentos para encontrar um ator cadeirante para o papel citado por Venturini.
“A gente tava decidido a procurar por todo o planeta um ator que que fosse ator, isso eu acho que é o mais importante. A gente queria um grande ator, um ótimo ator. Em algum momento a gente pensou: ‘Qual vai ser o nosso limite? E se a gente não encontrar um ator tão bom? A gente vai ceder ou não?’. E uma hora a gente falou: ‘Não, a gente vai pra um ator muito bom’. Eu quero dizer Luciano, você já sabe disso, mas você está escalado porque você é um ator muito bom e que arrasou na série e todos vão ver", começa.
"Isso é tão importante pra gente. Diversidade é fundamental, diversidade inclui muito mais coisa do que a gente pensa, mas a gente tá o tempo todo trabalhando na sequência, a gente quer que esteja muito bom. Acho que isso é maravilhoso. Quando você faz questão de que exista essa representatividade, a diversidade que é estar vivo, aí você vai procurar a pessoa, é só você procurar de verdade. Não é uma questão de que não existe, existe tudo", diz.
Manuela conta que a Globo esteve empenhada no processo de busca de um ator cadeirante para o papel de cadeirante. A escritora torce para que mais autores criem histórias com personagem que representem a diversidade.
"Tem que investir e procurar e isso é uma decisão muito da empresa, é uma decisão que custa dinheiro que muita gente nem imagina é que é muito importante o investimento que tem que ser feito. Achei muito legal, é um prazer fazer parte desse momento que é muito maior que a gente, é um momento fundamental de transformação”, conclui.
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