Em entrevista à CARAS Brasil, Roberto Cordovani fala sobre estrelar Broadway Station - O Espetáculo, que encerra temporada neste final de semana
Roberto Cordovani estrela, dirige e assina Broadway Station - O Espetáculo, que encerra temporada no Teatro J. Safra, em São Paulo, neste final de semana. Em entrevista à CARAS Brasil, o ator fala sobre encarar personagem politizada e carreira no teatro, além de refletir sobre desafios após montar peça em 25 dias: "Difícil".
"Foi um desafio montar Broadway Station em 25 dias de ensaios ininterruptos. Foi a coisa mais difícil que eu fiz até então. Me consumiu muito. Embora eu já tivesse os figurinos prontos e a trilha, na época, 70 por cento definida e editada, preparar todo o espetáculo em 25 dias é muita coisa. É muita pressão e são muitas incertezas, mas são muitas certezas também. Isso foi o que mais me deixou alucinado", compartilha Roberto Cordovani, que destaca o apoio da equipe na preparação para o espetáculo.
Com a ideia para Broadway Station há cerca de oito anos, ele conta que o público da peça pode acompanhar a trama dos bastidores do teatro com reflexões sobre a carreira artística, além de 21 trocas de figurinos ao longo da trama. "É um espetáculo que fala sobre a metalinguagem, o teatro dentro do teatro. As pessoas vão entender o que é estar nessa Broadway que não é para turistas, muito mais feroz e manipuladora", destaca ele.
Ao lado de Marcelo Gomes, Victor Rodrigues e Nill de Pádua, Roberto Cordovani sobe aos palcos como a personagem Tallulah Banks para viver o final dos anos 1950 na Broadway. Com mais de 45 anos de carreira no teatro, ele reflete sobre a importância do papel na sua trajetória: "Depois de interpretar Eva Perón nos palcos, essa é a minha personagem mais politizada, que luta contra a maré".
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"É uma mulher forte, assumidamente lésbica, à frente da sua época e sem preconceitos, que já tinha uma conscientização de classes. Em uma Broadway preconceituosa, ela é um peixe fora d'água. Interpretar a Tallulah Banks, para mim, é mais um desafio, porque é paradoxal. São essas mulheres trangressoras que nos ensinam a questinar melhor nossa masculinidade", completa o ator.
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