Em casa, às vésperas dos 80 anos, Nicette Bruno vê com olhar positivo até o drama do amado, Paulo Goulart
Com 65 anos de carreira, Nicette Bruno (79) brilha novamente na TV como a excêntrica Leonor, em Salve Jorge. Em comum com a personagem, o bom humor. “É fundamental encarar a vida pelo lado positivo, senão tudo fica pesado e sem graça. Só não digo que sou excepcionalmente feliz devido às injustiças que existem no mundo. Mas, da minha parte, trabalho no que amo e encontrei o parceiro ideal que me deu três filhos, sete netos e duas bisnetas maravilhosos”, ressaltou, referindo-se ao ator Paulo Goulart (79), com quem mantém há seis décadas uma das relações mais longevas do meio artístico. São 58 anos de casamento, mais um de namoro e outro de noivado. “Nosso amor foi, é e será sempre um sentimento único. Hoje, nos amamos de forma mais intensa do que no começo. É possível manter o tesão durante 60 anos. Não é como a paixão inicial, com a necessidade do contato físico a toda hora. Mas a brasa fica e a qualquer momento inflama”, assegurou, na casa onde moram há 11 meses, no Rio. É com a mesma força que vem lidando com o drama do marido, que em fevereiro descobriu um câncer no mediastino. Nicette, que completa 80 anos em 7 de janeiro, dois dias antes de Paulo chegar à mesma idade, não tem dúvidas sobre o presente que gostaria de ganhar na data: “Quero ver Paulo curado. E ele vai ficar.”
– Como está o Paulo?
– Muito bem, se restabelece de maneira excelente. No hospital, teve uma equipe médica de primeira linha, com tudo que precisava para se recuperar. Na última internação foram 54 dias. Desde outubro está em nossa casa em São Paulo, ficou lá por causa do hospital e dos médicos. Ainda se submete à quimioterapia, só que de forma suavizada. Deve voltar ao Rio na virada do mês.
– Não perderam o otimismo?
– Não é fácil, mas amamos a vida e nunca deixamos de ter fé e a certeza de que ele vai superar tudo.
– Chegou perto da morte?
– Graças a Deus, não! Teve uma fase de preocupação maior, quando foi para o CTI devido à trombose e ao sangramento na perna.
– Pelo que passaram, fazem questão de celebrar os 80 anos?
– Não sei como será, mas a intenção é promover uma grande festa. Primeiro, vamos reunir a família toda aqui no Natal.
– Está tranquila com a idade?
– Nem percebo o tempo passar. É engraçado, a medicina nos possibilita chegar melhor a essa fase. O que envelhece é levar a vida sedentária e eu e Paulo não paramos. Quando não estamos na TV, trabalhamos no teatro.
– Na novela, você está parecendo mais jovem. Fez plástica?
– Muita gente já me disse isso. (risos) Deve ser o cabelo para trás, a maquiagem, porque normalmente interpreto avós, pessoas mais simplórias. Não fiz nada, nem tinha sentido fazer nessa época.
– Mas fora do trabalho, você é bem vaidosa, correto?
– Sou. Perto do Paulo, então... Não levanto nunca desarrumada por causa dele. No camarim do trabalho, ele até me vê de bobes, mas, em casa, nunca fico assim na frente dele. É fundamental a cerimônia entre o casal, mas uma coisa charmosa. Nada de chamar marido de senhor como antigamente. (risos) É bom ser parceira, companheira, mulher, amante, mãe. E ele também é cuidadoso, protetor, muito amoroso.
– E tudo valeu a pena?
– Tudo, no pessoal e no trabalho. Não teria outra profissão, nem mudaria nada. Acompanhei o desenvolvimento do teatro até a chegada da TV, participei dos primeiros momentos. Fiz novelas bacanas como Éramos Seis, na Tupi, e Rainha da Sucata, na Globo. Agora me divirto com Salve Jorge. Glória Perez conduz o texto com sabedoria e os atores são ótimos. E na novela tem ainda a maltês Emily, que é muito dócil. Vou, inclusive, ganhar uma cadelinha igual.
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