Um novo desafio!

Dilsinho produz documentário em seu novo projeto, 'Garrafas e Bocas': ''Foi um desafio para mim''

Em um bate-papo exclusivo, Dilsinho celebrou o lançamento de Garrafas e Bocas que além de clipes e canções, terá um documentário

Valentina Rosa Publicado em 27/08/2021, às 13h20 - Atualizado às 13h24

Dilsinho produz documentário em seu novo projeto - Divulgação/Dani Valverde

Nem mesmo estar longe dos palcos por quase dois anos fez com que Dilsinho (29) ficasse parado. Em casa, curtindo sua família, principalmente agora com a chegada de sua filha, Bella (1 mês), ele decidiu olhar para seus companheiros artísticos, desde produtores, até donos de bares e restaurantes e criou um novo projeto que além de trazer muitas canções para os fãs, vai ajudar a todos que sofreram por conta da pandemia. 

O cantor acaba de lançar o álbum Garrafas e Bocas, que tem uma pegada diferente de tudo que ele fez até aqui. O projeto foi gravado nos bares Cais da Imperatriz, O Buteco, Bar Villah e Bar Coordenadas, 1 em cada uma das 4 regiões do Rio de Janeiro. Ele ainda aproveitou os lugares não só para fazer música, mas também dar visibilidade aos donos e funcionários desses estabelecimentos por meio de um documentário que sairá junto com o CD. 

Para celebrar essa nova fase na carreira, Dilsinho bateu um papo exclusivo com a CARAS Digital e deu todos os detalhes que você precisa saber sobre Bocas e Garrafas, que tem tudo para ser mais um grande sucesso do pagodeiro. 

O último lançamento do artista foi em agosto de 2020 e com mais de um ano se passando, o cantor teve tempo para pensar em novas canções e idealizações para um novo trabalho: "Bateu muito na minha cabeça a ideia de não fazer um projeto de simpletmente gravar umas músicas, pegar um cenário e entregar a música. Eu queria fazer alguma coisa diferente, que tocasse na vida das pessoas e comecei a escrever algumas músicas. Passei muito tempo em casa e comecei a compor algumas músicas com alguns parceiros também que já faziam parte da minha trajetória e em uma dessas músicas eu tive a ideia de: 'Porque não eu não volto para onde tudo começou na minha vida, não minha história de onde eu vim, de onde eu comecei?'"

A ideia de gravar justamente em bares veio da história de vida do artistia. Por mais de 10 anos, Dilsinho tocou em muitos lugares do Rio, fazendo música de buteco: "A minha história veio dos bares e dos restaurantes. Eu toquei durante quase 10 anos em bares e restaurantes do Rio de Janeiro e eu sei o quanto aquilo foi importante pra mim. Então eu falei: "Acho que essa ideia pode dar certo!". Então a gente começou a ventilar, eu comecei a ventilar essa ideia com as pessoas que trabalham comigo, gravadora, escritório, e todo mundo se amarrou no projeto, de poder contar um pouco do que eu vivi nesses bares."

"Aí eu voltei na Ilha do Governador depois de muito tempo, esse bar eu já não há mais de 10 anos. E foi muito emocionante poder voltar a esse lugar e contar um pouco da minha trajetória, da minha história, das pessoas... Tinham pessoas que ainda trabalhavam lá na época em que eu tocava. Então foi muito emocionante para mim, de dar esse ponta pé inicial, de abrir meu coração, minha vida para as pessoas.", continuou ele, lembrando com carinho da visita que fez a um dos bares que fez parte de sua carreira. 

Durante esse processo, ele percebeu que além de clipes e canções, o projeto poderia se tranformar em algo mais: "A gente começou a gravar sem roteiro e eu falei: 'vamos registrar tudo que vai dar certo'. E a gente chegou ao formato de pegar 4 bares, em 4 zonas aqui do Rio de Janeiro, pra gente contar um pouco da história desses lugares também. Então a gente foi na Zona Sul, Centro da Cidade, Zona Norte e Zona Oeste... Foi para dentro desses bares e levou um pouco de música, de esperança, de alegria para essas pessoas que estão paradas a tanto tempo. É um projeto muito emocionante e muito verdadeiro."

Ele ainda revelou que recebeu um convite especial da Associação Palcos do Rio, que foi uma grande aliada dele na produção: "E eu recebi um convite de uma associação chamada 'Palcos do Rio' que é uma associação que insentiva e ajuda a música dentro de restaurante e bares aqui no Rio de janeiro. Ai eu escolhi 4 bares associados a essa instituição, uma de cada zona, foram bares que são lindos, são lugares que tem histórias para contar, são bares tradicionais aqui do Rio de Janeiro. E acho que as pessoas vão sentir a emoção e a relaidade de cada pessoa que está ali, as pessoas vão sentir uma verdade que a gente fala nesse documentário."

O sambista ainda ressaltou a importância de dar andamento ao projeto já que ele também sentiu as dificuldades que a pandemia trouxe para os artístas e todos que trabalhavam ao seu redor, desde produtores, tecnicos de som e até produtores de evento: "A gente passou por muita dificuldade, com a minha equipe, com os músicos, com os produtores de evento. Então a gente teve que dar um suporte para essa galera. Eu não mandei ninguém embora que trabalhava comigo e  gente teve que manter essa galera. Ai eu falei cara: 'O que eu posso fazer para ajudar os músicos, as pessoas que precisam?'. Eu queria fazer a diferença na vida de outras pessoas também e o que eu posso fazer é música, é pegar a minha arte e colocar a disposição dessas pessoas. Ai a gente falou: 'Vamos pegar isso e vamos divulgar para as pessoas poderem ajudar esses bares, os músicos'. Tem muita gente que mudou de profissão, tem muita gente que foi mandado embora, tecnicos de som, produtores dessas casas."

"Cada música desse projeto a gente vai ter um QRcode para as pessoas fazerem doações, a gente está destinando uma parte para o fonograma também, para essa associão, para ajudar. Então parte dessa renda do projeto vai ser doada para a associação palcos do Rio. E eu estou muito feliz! É a oportunidade que eu tenho de usar a minha música para ajudar outras pessoas, para fazer a diferença na vida de outras pessoas.", falou ele, explicando também como você pode ajudar. 

Dilsinho ainda falou que foi extremamente desafiador fazer esse documentário, mas ao mesmo tempo, o prazer de levar ele ao público, não tem preço: "Eu nunca tinha feito. Eu nunca tinha registrado realmente um documentário contando histórias e unindo a música, então foi um desafio para mim. Mas eu sou um cara movido a desafios, a coisas novas e isso me faz crescer, isso me faz bem! Tentar coisas diferentes... E quando eu vi esse documentário tomando forma eu tive a certeza de que ele vai dar muito orgulho para quem está trabalhando nesse projeto, para todo mundo que está vivendo esse projeto junto comigo. É um projeto que a gente vai olhar daqui há alguns anos e falar: "Olha que legal o que a gente fez!". É um projeto que eu tenho certeza que eu vou mostrar para a minha filha daqui há alguns anos e vou ficar muito feliz e orgulhoso com o que a gente está realizando."

E para ele, a mensagem mais importante do filme é: "Esperança, fé!", coisas que como ele ressaltou, estão com ele desde que ele se entende por gente: "Viver de música, não é fácil. E eu acho que as pessoas não tiveram o olhar que tinham que ter com as pessoas que trabalham com música, com os produtores artisticos, para a arte no Brasil. A gente tem pouco suporte para se surtentar. As pessoas dependem de música, as pessoas dependem do entreterimento para colocar comida em casa e entreterimento não é só diversão. Então são milhares de pessoas que levam o sustento de famílias para a casa e eu sou uma delas. Então eu espero que outros artistas e pessoas deeem atenção ainda mais para os restaurantes, para os músicos e produtores, porque realemnte a gente viveu quase 2 anos ai devastadores.", completou.

É claro que o sambista não quer deixar esse álbum sí nas plataformas digitais. Ele não vê a hora de poder rever o público para cantar as novas canções ao vivo: "É o meu maior sonho! Eu estou produzindo um novo show, estou montando um novo palco do Garrafas e Bocas e a ideia é que a gente lance esse projeto até dezembro, que a ideia que a gente tem que as coisas estejam regularizadas, todo mundo vacinado... Então a partir de dezembro, janeiro, que a gente possa lançar a turnê por todo o Brasil e vai ser muito importante para mim poder fazer esses shows."

Dando alguns spoillers, Dilsinho deixou claro que os fãs poderão esperar shows grandiosos para essa turnê: "A gente teve participações nesse projeto do Péricles e do Zé Neto e Cristiano e a gente tem uma participação surpresa que a gente vai lançar em dezembro que é a saideira, a gente está chamando de saideira. Então a ideia é que a gente possa convidar esses artistas para cantar em alguns desses shows. E que a gente faça um show que tenha um pouco de tudo que o barzinho tem! è um misto de músicas que a gente possa se divertir e matar saudades, que essa saudade é grante."

Além de tudo isso, o cantor acabou de passar pela paternidade. A pequena Bella acaba de completar 1 mês de vida, ganhando de presente justamente o novo álbum do papai: "Está sendo um grande presente porque calhou dela completar 1 mês no dia do lançamento do projeto. Eu não esperava também, mas acabou acontecendo. E eu vi que as coisas também estão fazendo cada vez mais sentido na minha vida. A minha filha é um presente na minha vida, para me dar um novo olhar da vida! Ela me faz ser uma pessoa melhor, ela me faz queresr ser um profissonal melhor, para que ela seinta orgulho disso.. Então tudo que eu faço hoje na minha vida, é para a minha filha."

"Esse primeiro mês é muito importante, porque vocês está ainda conhecendo, se conhecendo como pai e conhecendo a sua filha também e eu estou muito feliz de poder acompnhar esse crescimento dela. Pude acompanhar toda a gestação, pude acompanhar o parto. Então eram coisas que se eu tivesse na correria do trabalho eu operderia algumas coisas. Então eu sou muito grato porque Deus faz tudo na minha vida do jeito que tem que ser. ", continuou ele. 

Por fim, é claro, Dilsinho revelou quais suas expectativas para a recepção do público para Garrafas e Bocas: "Faz quase um ano que a gente não lança um ámbum, a gente não lança um projeto e tem uma expectativa dos meus fãs de saberem do que vem por aí. As músicas foram feitas com muito carinho e eu acho que vão tocar o coração das pessoas. Eu falo dos relacionamentos, eu falo de ideologia de vida. Então eu acho que esse projeto vai confortar o coração de muita gente, vai trazer esperança para essa retomada, esse recomeço. A ideia é que chegue na casa das pessoas e que elas recebam com muito carinho."

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