Descendente de uma família de pecuaristas leiteiros, Salette Peron quebrou tabus no agro ao longo de sua trajetória
Descendente de uma família de pecuaristas leiteiros, a jovem Salette Peron (21) carrega no nome a história de sua propriedade. Localizado em São Miguel do Iguaçu, no Paraná, o Sítio Salette atua com gado de leite. “Meus pais já trabalhavam com isso. Eu, por consequência, estou inserida nesse meio desde pequena. Como meus pais são católicos e devotos da santa Nossa Senhora da Salette, acabei tendo o mesmo nome que ela”, explica a jovem, que também é estudante de Engenharia Agronômica.
Diferentemente de muitas meninas de sua idade, Salette quebrou muitos tabus existentes no setor. “Eu aprendi a dirigir trator aos 7 anos de idade. Com o passar do tempo, fui aprendendo a fazer outros serviços sozinha”, conta. Ainda assim, embora o cenário venha se transformando, ela revela que o preconceito contra mulheres ainda resiste no meio agro.
“É pouco comum a inserção da mulher no agro, principalmente na parte do trabalho com maquinário agrícola. Já mexer com o gado, tirar leite... isso é praticamente função de mulher”, entrega Salette, que se posiciona como uma forte figura no cenário digital e impulsiona milhares de outras meninas a seguirem o seu exemplo. “Nós, mulheres, podemos fazer o que quisermos”, afirma ela.
FOTOS: JEDSON STREPPEL
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