É inevitável enfrentar momentos de estresse na construção de uma carreira. Todos passam por isso. Mas, se a atenção se volta só para os problemas e o pessimismo passa a interferir na produtividade, no humor e no modo de interagir com os colegas, é bom ficar alerta. Podem ser os sintomas de um quadro de esgotamento profissional conhecido como síndrome de Burnout.
O distúrbio acomete homens e mulheres. Está diretamente relacionado ao ambiente de trabalho e se manifesta pelo esgotamento emocional e físico, pela desilusão como serviço realizado e pelo distanciamento afetivo dos colegas e/ou clientes. Os três sintomas podem aparecer simultaneamente ou um deles se manifestar primeiro, em geral a exaustão permanente.
As pessoas que têm a síndrome costumam encarar as tarefas diárias com desinteresse e resistem a novidades e mudanças. Pode aparecer uma série de atitudes negativas: preferem dizer não; queixam-se com frequência; têm pouquíssima paciência com colegas e clientes — atendê-los, quando necessário, é um fardo. É comum também acreditarem que não estão sendo recompensadas pelo que fazem: por mais que cumpram suas atividades, não se sentem realizadas.
Há aquelas que falam muito, ou seja, despejam a frustração em tudo e em todos, ou se tornam irritadas com facilidade. Outras ficam apáticas, silenciosas, desatentas, com dificuldade de concentração e lapsos de memória. Em grau mais elevado, a síndrome pode provocar ansiedade, depressão e baixa autoestima. A sensação de que não há saída faz com que a hora de ir para casa seja um alívio.
A síndrome também pode se manifestar fisicamente, causando dores de cabeça e musculares — a região lombar, em geral, é a mais atingida —, distúrbios gástricos como constipação ou intestino solto, cansaço em excesso, palpitação e insônia. Muitas pessoas ficam ainda mais propensas a adquirir infecções.
Cabe ao psiquiatra fazer uma investigação clínica. Diagnosticada a síndrome — depois de descartar alterações hormonais e outras doenças que possam levar ao esgotamento —,ele irá indicar psicoterapia e/ou medicamentos.
A terapia irá ajudar o paciente a entender os mecanismos com os quais está reagindo a esse estresse profissional e oferecer ferramentas para lidar com isso — desde uma conversa com o chefe, se houver essa possibilidade, até ser preparado para pedir demissão, nos casos de ambientes muito opressivos.
Para superar a síndrome, recomenda-se também maior cuidado com a alimentação — evitar produtos com agrotóxico e ingerir menos gordura, açúcares e carboidratos — e melhor qualidade de sono: dormir no escuro, sem interrupção e horas suficientes para acordar de fato descansado. Atividade física é fundamental. No mínimo três vezes por semana e, se possível, alternar exercícios aeróbicos e de força, para fortalecimento muscular.
Já os medicamentos normalmente começam a dar resultado a partir de um mês e, em geral, são usados de seis meses a um ano. Existe ainda hoje o mito de que remédios para o cérebro causam dependência. Isso é desinformação e coisa do passado. Nosso cérebro, como nosso coração e todos os outros órgãos do corpo, tem direito a receber ajuda. Se você cuidar bem dele, ele vai recompensá-lo. Pode ter certeza disso.
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