Em entrevista à CARAS Brasil, a psicóloga Letícia de Oliveira fala do universo da inteligência emocional e explica como entender melhor cada sentimento
Em cartaz nos cinemas do Brasil e já a maior bilheteria do ano mundialmente, Divertida Mente 2 - como também o primeiro filme da produção da Pixar, aborda algo que é fundamental em nossas vidas, as emoções; também é um convite a todos mergulharem no universo da inteligência emocional e entender melhor como funciona cada sentimento. No caso da produção, destaque para a alegria, tristeza, raiva, medo, nojo, ansiedade, vergonha, inveja e tédio. A CARAS Brasil conversou com a psicóloga Letícia de Oliveira sobre o assunto.
Segundo a especialista, o filme deixa claro que a gente consegue sentir as nossas emoções, que elas funcionam todas ao mesmo tempo. “Então, muitas vezes a gente está feliz, mas pode ter um acesso de raiva, ou está triste e pode ter ali, junto com a tristeza, um pouco de inveja. A ansiedade pode estar presente tanto em momentos bons quanto em momentos ruins. Então, quando a personagem vai buscar o livro na sala da diretora, da treinadora, ela está ansiosa, é uma ansiedade ruim”, diz.
“E, ao mesmo tempo, quando ela é chamada para fazer parte do time pela treinadora e ela chega no primeiro dia, é uma ansiedade boa. Então, a minha percepção é que o autor quis passar que as emoções funcionam juntas, sincronizadamente, e aparece muito o quanto a ansiedade, se não está estruturada, equilibrada, pode ter um efeito desastroso, passando por cima de todas as outras emoções, deixando a gente sem uma emoção boa, uma vivência boa, ficando fora de controle do momento presente, imaginando cenas e vivendo lá no futuro. Fala muito da adolescência, que é um período onde as emoções estão mais à flor da pele, onde acessos de raiva, inveja, comparação e crises de tristeza são mais frequentes, hiperdimensionando as emoções, e isso ficou muito bem representado no dia a dia lá da”, emenda Letícia.
De acordo com a psicóloga, a ideia é que a gente perceba as nossas emoções. “E que a gente não subestime as emoções, que a gente não negue as emoções, que a gente não fuja do contato, que a gente valide as nossas emoções, porque à medida que a gente entende que a gente é tudo isso, que a gente é um pouco de tédio, que a gente tem um pouco de inveja, que a gente pode ficar triste, que a gente pode ficar ansioso, a gente assume a emoção e quando a emoção é assumida, ela fica equilibrada”, destaca.
Para ela, quando a gente nega a emoção, quando a gente finge que ela não está ali, a gente acaba ficando mais ansioso e tendo problemas emocionais muito mais graves. “Então, de uma forma geral, a consciência da emoção junto com a validação da emoção faz com que o ser humano lide melhor consigo mesmo, fique mais atento aos próprios valores, à própria identidade e consiga lidar melhor com qualquer obstáculo que ele possa enfrentar”, fala.
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