Em entrevista à CARAS Brasil, o cardiologista Raphael Boesche Guimarães explica os riscos da doença enfrentada pelo jogador Paulo Henrique Ganso, do Fluminense
Meio-campista do Fluminense, Paulo Henrique Ganso (35) foi recentemente afastado das atividades esportivas após ser diagnosticado com miocardite – uma condição cardíaca que pode ser grave e, em muitos casos, silenciosa. O jogador, que passou quase quatro meses longe dos gramados, foi homenageado no programa Os Donos da Bola, emocionando fãs e colegas de profissão. Mas afinal, o que é a miocardite e por que ela exige tanto cuidado?
Em entrevista à CARAS Brasil, o cardiologista Raphael Boesche Guimarães informa que a miocardite é uma inflamação do miocárdio, o músculo do coração, e pode afetar sua capacidade de bombear sangue de maneira eficiente. “Ela pode ser causada por infecções virais, bacterianas, doenças autoimunes ou até por exposição a substâncias tóxicas. No caso do Ganso, tudo indica que uma virose em novembro tenha sido o gatilho para o quadro”, diz.
Segundo o médico, os sintomas variam bastante de pessoa para pessoa. Alguns pacientes apresentam dores no peito, palpitações, fadiga extrema e falta de ar. Outros, no entanto, podem ser completamente assintomáticos. “Por isso, é comum que a doença seja descoberta apenas em exames de rotina, como aconteceu com o Ganso durante a pré-temporada”, destaca Raphael.
O tratamento depende da gravidade da inflamação. Em quadros leves, repouso absoluto e medicamentos anti-inflamatórios já podem ser suficientes. Em casos mais complexos, a internação e o monitoramento constante são necessários. “A principal recomendação é evitar esforço físico, pois isso pode agravar a inflamação e até levar a complicações como arritmias ou insuficiência cardíaca”, alerta o cardiologista.
A recuperação exige paciência e acompanhamento de perto. “Atletas, em especial, precisam de um retorno gradual e monitorado às atividades. É fundamental que exames como ecocardiograma e ressonância cardíaca, antes da liberação para treinos intensos e jogos”, pontua o médico.
Após quase quatro meses afastado, o atleta retornou aos gramados na vitória do Fluminense sobre o Red Bull Bragantino, mostrando que seguiu à risca os protocolos de recuperação. De acordo com Raphael, o caso serve de alerta. “A miocardite pode parecer inofensiva no início, mas se negligenciada, traz riscos sérios. A conscientização e a prevenção são essenciais, principalmente no esporte de alto rendimento”, finaliza o cardiologista.
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