“A paixão pela velocidade nasceu comigo. Sei da responsabilidade de estrear como piloto titular da F1 e tenho muito orgulho de levar as cores do Brasil pelo mundo”, diz ele
Com apenas 8 anos, quando começou a disputar as primeiras provas de kart, Felipe Nasr (22) já sabia que seu futuro seria nas pistas, ao som do ronco dos motores. Desde então, o piloto brasiliense colecionou feitos e pódios pelas diferentes categorias que correu, como a Fórmula BMW e a Fórmula 3 Inglesa. O desafio mais instigante de sua carreira, no entanto, está por vir. Ele acaba de assinar contrato com a Sauber e promete fazer as cores da bandeira nacional se destacarem na temporada 2015 da Fórmula 1. “A paixão pela velocidade nasceu comigo. Sei da responsabilidade de estrear como piloto titular da F1 e tenho muito orgulho de levar as cores do Brasil pelo mundo”, festeja ele, que, ao longo do ano, teve prévia da nova missão ao atuar como piloto reserva e de testes da equipe Williams.
“Espero que esse desafio me reserve coisas boas. É para isso que trabalho desde que entrei pela primeira vez em uma pista, ainda criança”, anseia Felipe, cuja definição do sobrenome reflete seus objetivos: de origem libanesa, Nasr significa vitória. Se atrás de um grande piloto sempre há uma grande equipe, para Felipe, a sua não é aquela que fica nos boxes, mas a que está em casa e que ele chama de família. “Meu pai, minha mãe, minha irmã, toda a família é minha grande incentivadora”, aponta ele, ao lado dos pais, Samir Nasr (54) e Eliane (51), na residência do clã, em Brasília. O pai, aliás, está no topo da lista de seus ídolos ao lado de Michael Schumacher (45) e Ayrton Senna (1960–1994). “Sempre me espelhei nele, pelo comportamento, as atitudes e a maneira como sabe respeitar e manter a família unida”, emendou o piloto, que não abre mão de fazer pit stop em casa entre uma corrida e outra.
Além da estrutura familiar, a determinação foi importante combustível que ajudou Felipe a chegar na mais cobiçada e famosa categoria do automobilismo. “Tudo na vida deve ser assim. Começa pequeno, vai escalando, sempre em busca do limite. Para isso, é preciso determinação e objetivo”, afirma. “Nunca pensei em desistir de nada. Se desistimos, os sonhos acabam.” Em mente, agora, o desejo é apenas um, subir ao lugar mais alto do pódio. “Todo piloto tem sempre o mesmo sonho desde que brinca com seus carrinhos ou anda de triciclo pela primeira vez. Chegar ao topo, vencer corridas e ser campeão”, conclui ele, que deve conquistar não apenas a torcida brasileira e os amantes da velocidade, mas também o público feminino. Com ares de galã, ele está solteiro, mas o foco na carreira não o impede de, a qualquer momento, acelerar o coração por alguém. “Sempre sobra tempo para isso, não é? Namorar é parte integrante desse sonho e é outro ponto de apoio”, finaliza.
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