ATENÇÃO!

Especialista faz alerta sobre colesterol infantil: 'Agir desde cedo'

Em entrevista à CARAS Brasil, o pediatra Miguel Liberato reforça cuidados com os níveis de colesterol na infância

Miguel Liberato e Felipe França

por Miguel Liberato e Felipe França

Publicado em 26/06/2024, às 11h26

Pediatra explica sobre colesterol alto na infância - Freepik

A dislipidemia, também conhecida como colesterol alto, é uma doença bastante comum no Brasil, mas o que muitas pessoas não sabem é que os altos níveis de gordura no sangue também afetam as crianças. Em entrevista à CARAS Brasil, o médico endocrinologista pediátrico Miguel Liberato, faz alerta sobre colesterol infantil: "Agir desde cedo".

Atualmente, a principal causa de morte da população brasileira é decorrente de intercorrências cardiovasculares. Segundo o especialista, a identificação precoce da dislipidemia, associada à mudança no estilo de vida e ao tratamento medicamentoso, pode reduzir os riscos de eventos cardiovasculares graves na vida adulta, como infarto e AVC (Acidente Vascular Cerebral). Por conta disso, é necessário observar os níveis de colesterol desde a infância. 

"Temos que estar atentos e agir desde cedo de modo a prevenir essa evolução, e o bom controle do colesterol desde a infância é fundamental. Idealmente, crianças entre dois e 19 anos, têm valores de referência de LDL-colesterol menores que 110 mg/dL e HDL-colesterol maiores que 45 mg/dL", explica. 

"Então, quando nos deparamos com valores fora dos padrões de normalidade para a faixa etária do paciente, temos que considerar as mudanças no estilo de vida e, dependendo dos valores, individualizar e ver se não seria o caso de iniciar medicação", avalia o pediatra.

VEM AUMENTANDO

O Dr. Miguel reforça que o número de crianças e adolescentes com colesterol alto é expressivo. Ele esclarece que alguns já nascem com alteração enzimática que favorece o aumento do colesterol, mas uma rotina sedentária também aumenta o risco das crianças apresentarem dislipidemia.

"A alteração de colesterol em crianças vem aumentando substancialmente, estando relacionada ao estilo de vida mais sedentário, aumento da obesidade e erros alimentares. Além disso, temos que ficar atentos às condições que também levam à elevação do colesterol, como problemas nos rins e no fígado e até mesmo hipotireoidismo e uso de medicações como corticoide".

Por conta disso, o pediatra recomenda uma boa alimentação e atividades físicas: "Aumentar a ingestão de fibras na dieta, tentando estimular o consumo de aveia, cevada, feijão, grão-de-bico, ervilha, lentilha e frutas".

"A atividade física deve ser estimulada nesses pacientes. Não há contra indicação à atividade física. Pelo contrário, ela é dos importantes pilares do controle do colesterol [...] Em alguns casos, apenas a mudança na rotina e na alimentação da criança não são suficientes, sendo necessário muitas vezes a introdução de medicamentos específicos. A indicação de medicação é feita com orientação de um especialista", finaliza Miguel Liberato.

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Miguel Liberato e Felipe França

Dr. Miguel Liberato é endocrinologista pediátrico formado em Pediatria (CRM 170830) na Universidade Federal do Espírito Santo, com especialização pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e título pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Professor do curso de Medicina da Faculdade das Américas e da pós-graduação em Endocrinologia Pediátrica no Instituto Superior de Medicina (ISMD).

Colesterol Infantil

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