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Especialista faz alerta importante sobre diagnóstico de ex-apresentadora da Band: 'Não tem cura'

Ex-apresentadora do Band Kids, Renata Sayuri teve diagnóstico preocupante recentemente. Médico alerta que quadro não tem cura

Paulo Henrique Lima
Renata Sayuri está longe dos holofotes e cuidando da saúde - Foto: Reprodução/Instagram

Renata Sayuri (43) marcou uma geração nos anos 2000 que ainda encontrava facilmente programas infantis nas emissoras de TV aberta no Brasil. Na Band, ela apresentou sob a pele da heroína Kira o Band Kids (2000-2001) e fez novelas no SBT e na Globo. Além disso, ela foi garota Fantasia (1997-1999), icônico programa exibido pela emissora de Silvio Santos (1930-2024). Em agosto deste ano, ela voltou a ser assunto na imprensa por conta do seu diagnóstico de Transtorno Afetivo Bipolar (TAB). 

À época, vazou uma informação de que a apresentadora estava internada em uma clínica e surgiram rumores de que ela estaria tratando uma dependência química, o que foi desmentido por ela. De acordo com Sayuri, ela estava tratando o diagnóstico de TAB em uma clínica psiquiátrica, algo que ela já fazia há um tempo. No entanto, a informação ainda não era de conhecimento público. 

A CARAS Brasil conversa com o Dr. Bruno Pascale Cammarota, Médico psiquiatra, sobre o diagnóstico recebido pela ex-atriz. O especialista conta que o transtorno não tem cura e pontua que o tratamento pode proporcionar melhor qualidade de vida para o paciente. 

"A bipolaridade, o transtorno afetivo bipolar, esse é o nome correto, antigamente conhecido como psicose maníaco-depressiva, é um quadro caracterizado por alterações do humor, pertence ao transtorno do humor e pode caracterizar pelas seguintes características. O tipo 1, que acontece em 10 a 20%, é caracterizado por episódios de hipomania e que a pessoa possa ter também episódios de mania e pode ter ou não a depressão associada. Já no tipo 2, que é o mais hipomania, que são em menor quantidade do que propriamente a questão da depressão", explica.

"A depressão é a maior parte do tempo e ele tem alguns dias de hipomania. O que quer dizer hipomania? Pequena euforia. O indivíduo ele pode ter no caso é sintomas depressivos que são desânimo, perda de energia, perda de iniciativa, a pessoa pode ter ganho de peso, a pessoa pode vir a desenvolver também no caso muita irritabilidade, a pessoa pode ter impaciência, pode ter também em alguns momentos muita vontade de se matar", alerta. 

Pascale chama atenção para o surgimento do transtorno bipolar. Ele afirma que a questão psicológica pode demonstrar sinais ainda na infância e é caracterizado por oscilações do humor, prejudicando a permanência no emprego e dificuldade para socializar. A TAB também pode ter origem genética. 

"Já o transtorno bipolar tem uma característica genética, mas não é apenas a genética que explica a questão do transtorno bipolar. Pode também ter fatores externos que possam vir a desencadear a doença, essa associação é muito importante. Então é importante o indivíduo ter uma qualidade de vida boa, praticar esportes, ter uma alimentação saudável, em geral, fazer também atividades que a gente possa dizer assim, em comunidade, ter amigos, praticar atos benéficos, socialmente aceitos, enfim. Também a parte da fé é importante para manter o indivíduo centrado, calmo", diz. 

O psiquiatra afirma que o diagnóstico não tem cura, mas tem tratamento que ajuda na estabilidade de humor e controla sintomas que podem interferir de maneira negativa na qualidade de vida do paciente que passa por isso. A ex-apresentadora tornou a situação pública nas redes sociais e tem alertado aos fãs sobre os falsos rumores. 

"No geral, o tratamento envolve estabilizadores de humor, como o valproato de sódio e lítio. Precisa ter um acompanhamento psiquiátrico importante. Em alguns casos pode ser necessário até antipsicótico. O indivíduo pode vir a ter também a depressão, os antidepressivos podem ser necessários, mas sempre sob supervisão médica, porque existe o risco de induzir a chamada virada maníaca ou virada da euforia", específica. 

A possibilidade de o paciente ter uma resposta negativa também não é descartada pelo especialista, que explica: "Ele começa a ter noites de sono perdidas, começa a ter uma dificuldade de se manter prestando atenção, se manter calmo, ele começa a ficar inquieto, muitas das vezes irritado ou eufórico demais, cumprimentando todo mundo. Então é importante ter um acompanhamento sempre por um especialista psiquiatra. E além disso também ter o acompanhamento psicoterápico, a psicologia também é muito importante para o entendimento dos sintomas e também de como ele pode lidar com as situações, gatilhos... a bipolaridade não tem cura, é uma doença crônica, mas ela tem controle. O indivíduo fazendo o tratamento com medicações e, além disso, com a terapia, levando uma mudança de estilo de vida, como já mencionado, pode fazer com que ele tenha uma vida muito adequada e próspera", finaliza. 

VEJA PUBLICAÇÃO DE RENATA SAYURI:

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Paulo Henrique Lima

Paulo Henrique Lima é repórter de pautas especiais do Grupo Perfil. Tem passagens por diversos veículos de comunicação na web. É apaixonado por entretenimento e realities.

Renata Sayuri

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