Desvio do septo em geral dificulta a respiração correta, que é pelo nariz

CARAS Publicado em 11/09/2013, às 18h13 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

Saúde - Divulgação

Septo nasal é uma estrutura composta de cartilagem e ossos que separa as duas narinas. O desvio de septo é uma alteração muito comum e resulta de irregularidades na formação da estrutura. Estudo recente feito pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), na capital paulista, com 1101 adultos de 20 a 80 anos, de várias raças e classes, constatou que 56% desses indvíduos apresentam o problema. Só que nem todos os desvios de septo causam obstrução nasal. Eles são classificados em grau 1, grau 2 e grau 3. Os desvios de grau 1 estão presentes em 26% da população estudada, são pequenos e não interferem muito na capacidade respiratória; já os de grau 2 e 3, que segundo o estudo estão presentes em 30%, dificultam bastante a respiração pelo nariz. Quando o desvio do septo está associado a problemas nasais, rinite alérgica ou aumento dos cornetos, ou seja, carne esponjosa no nariz, se constata que 51% da população adulta de São Paulo têm obstrução nasal, um número elevado. 

Os desvios podem estar presentes ao nascimento; formar-se após o crescimento inadequado das estruturas da face de crianças e adolescentes que respiram pela boca por diversos motivos, entre eles carne esponjosa; ou decorrer de traumas como quedas, socos e acidentes com veículos. Podem ocorrer tanto na parte óssea quanto na cartilaginosa. Obstrução nasal, ou simplesmente dificuldade para respirar pelo nariz, em geral é o primeiro sintoma. Outros sintomas comuns são faringites; acordar com a boca seca; roncos ao dormir; sinusites crônicas por obstrução dos seios da face; cansaço por não dormir bem; babação noturna; diminuição do olfato; sangramentos nasais; e dor de cabeça. Pessoas que não respiram pelo nariz têm dificuldade para praticar atividades físicas e para dormir, o que leva a um sono fragmentado e sonolência diurna, o que prejudica sua qualidade de vida, a vida escolar e o trabalho. 

Na criança, quando o pediatra percebe alguma dificuldade, como a respiração pela boca, a encaminha ao otorrinolaringologista. Adultos que percebam que estão com o nariz tampado ou apresentam algum dos sintomas citados também devem procurar o especialista. O diagnóstico inicial é clínico. Nele, o médico faz exame minucioso do nariz usando equipamento com fibra óptica — é a nasofibrolaringoscopia — para avaliar a gravidade do desvio e as repercussões no nariz. Também pode solicitar tomografia computadorizada para auxiliar no diagnóstico e identificar se o desvio de septo obstrui os seios da face a ponto de levar ao acúmulo de secreções, fenômeno que favorece a formação das sinusites.

Quando o desvio é obstrutivo, o tratamento de escolha é a cirurgia, chamada septoplastia, por meio da qual é corrigido. Crianças só são operadas quando têm desvios graves, do contrário se aguarda até a chegada da adolescência, quando se completa o crescimento de sua face. Hoje a cirurgia nasal é realizada por videocirurgia, muito menos agressiva e mais precisa do que as cirurgias do passado. É feita sempre em hospital, mas na maioria dos casos o paciente vai para casa no mesmo dia. Em geral não é preciso usar tampões nasais, pelo fato de o sangramento ser pequeno, e o pós-operatório não é doloroso. Em cinco a sete dias o paciente está apto a retomar suas atividades.

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