Em entrevista à TV CARAS, a dermatologista Luciana Maluf explica como funciona o procedimento estético, que pode ter levado à morte o empresário Henrique Chagas
O empresário Henrique Chagas morreu aos 27 anos, após realizar um procedimento estético chamado peeling de fenol, em uma clínica em São Paulo. O tratamento foi feito na manhã da última segunda-feira, 3, na Studio Natalia Becker, em Campo Belo, na Zona Sul da cidade. Durante o procedimento, ele começou a ter dificuldades para respirar e pediu ajuda. A Polícia Militar foi acionada à tarde e, ao chegar no local, encontrou o rapaz desacordado. Apesar dos esforços, ele não resistiu e faleceu.
Em entrevista à TV CARAS, a dermatologista Luciana Maluf comenta o caso e fala sobre a técnica. “É muito triste a gente ouvir essas notícias que acontecem. Primeiro porque um peeling de fenol é feito em uma pele muito fotoenvelhecida, uma pele mais judiada, com muitas rugas profundas, uma pele mais flácida, sem brilho, sem viço (...) É para isso que a gente usa esse peeling, porque é um peeling profundo. Literalmente, a gente acaba trocando essa capa de pele. Questiono a indicação para um jovem de 27 anos. Primeiro ponto”, diz.
“Então, a minha preocupação enquanto médica, é a cosmiatria sendo feita de uma forma aleatória, banalizada. A cosmiatria é extremamente poderosa. Em que sentido? Ela é muito usada para o bem, mas ela pode acabar sendo uma coisa muito predatória, muito prejudicial. Em que sentido? As complicações inestéticas, às vezes, acaba com a pessoa tendo depressão, não quer mais sair de casa, ir ao trabalho, perde o emprego (...) tem casos até de suicídio. Então, lidar com a autoestima, com a vaidade, não é simplesmente externo, mexe com a nossa cabeça, com a vontade de viver. É muito sério", emenda a especialista.
Luciana continua enfatizando a importância da seriedade no tratamento. “É muito triste, na verdade, porque a cosmiatria devia ser levada com seriedade porque mexe com a nossa vida inteira, principalmente quando aconteceu um imprevisto, uma intercorrência, algo errado. Porque, no geral, você procura a cosmiatria para melhorar, você está bem, saudavelmente. Você não vai tratar algum problema, uma doença, você está querendo melhorar o seu semblante. E tudo bem (...) Às vezes, podem acontecer não por uma técnica do profissional, do médico, mas sim por uma resposta orgânica”, fala.
“Aí que está a graça e a atenção que a gente tem que ter na questão cosmiátrica. E saber diagnosticar, identificar imediatamente, e saber reverter da melhor forma possível. É o mais importante. Ensinar as pessoas a fazerem de forma correta, todo mundo ensina, mas lidar com essas intercorrências (...) A autoestima do psique é muito poderosa. A cosmiatria nos leva para âmbitos muito agravantes, principalmente quando a gente fala de rosto”, acrescenta.
A dermatologista também aponta: “É gente que faz o preenchedor e necrosa o nariz. Gente que faz um preenchedor de têmpora e perde a visão. Essas coisas acontecem, inclusive com morte. Muitas vezes, por não ter tido o diagnóstico, uma percepção mais certeira e rápida. Você não está tratando aquela face, aquela área, aquela boca, você está tratando uma pessoa, é um todo”.
Luciana Maluf - Médica dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica e da American Academy of Dermatology; Especialista em estética avançada, laserterapia e peles étnicas. CRM 113.699 / RQE 34.552.
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