No lançamento de sua biografia, em São Paulo, Susana Vieira demonstra carinho por atriz ao revelar que gostaria que ela a interpretasse na telona
A atriz Susana Vieira (81) esteve em São Paulo, na noite desta terça-feira, 14, para o lançamento de sua biografia Senhora do Meu Destino. Em entrevista à CARAS Brasil, a artista revela qual atriz gostaria que a interpretasse no cinema, caso a história que está no livro fosse contada na telona. Na obra, são repassados mais de 60 anos de carreira, que se mistura a da TV no Brasil, com depoimentos da veterana.
Sem pensar duas vezes, Susana responde: "Adriana Esteves. Amo a Adriana Esteves! Ela sou eu amanhã. Quando eu morrer e vocês não se lembrarem mais de mim, Adriana Esteves pode interpretar a minha vida".
Na publicação, escrita com Mauro Alencar, com edição da Globo Livros, Susana fala de trajetória, passando pela infância até alcançar o estrelato. "Me sinto uma pessoa muito querida, uma pessoa importante para o país, sinto que com esse livro, a gente conta a história do Brasil, porque o Brasil mudou muito nesses 60 anos que estou na televisão. Politicamente, não. Finge que essas partes não mudam nunca, estão sempre a mesma coisa", diz.
"Mas acho que historicamente, a TV Globo, a TV Tupi, a Record, a Manchete, o SBT tiveram muita importância na história da TV brasileira porque eles foram contando dentro das novelas, tudo o que acontecia na vida do Brasil. E aí, quando foi a Globo, os maiores escritores da nossa época conseguiram fazer histórias, fantasiosas ou tudo, mas botando muita coisa. Aí, mostra como mudou a moda, como mudaram os modos, o que podia e não pode mais hoje (...) A gente foi tão avançado de poder falar tantas coisa, e hoje em dia a gente voltou tanto, regrediu, então acho tão importante esse livro, mais do que contar a minha vida", emenda.
Susana ainda enalteceu o trabalho de Mauro Alencar. "O que o Mauro conseguiu fazer, foi colocar a mulher brasileira, através das minhas personagens, colocar a importância de cada mulher, sabe? Em 1960, a mulher não trabalhava fora, era muito raro. O desquite saiu em uma novela brasileira, depois o casamento gay (...) Graças aos autores e as novelas. o Brasil deu uma mexida, as pessoas começaram a ser mais informadas, jornalismo informa mais ou menos. O melhor jornalismo da TV Globo é a novela", fala.
"Lembro que o Manoel Carlos, quando tinha algo grave à noite, por exemplo, ele escrevia o capítulo da novela e mandava pra gente colocar no ar no dia seguinte. Digamos, a inundação no Rio Grande do Sul que está acontecendo agora, ele já teria colocado no capítulo do dia seguinte. Ele atualizava. Então, o grande mérito desse livro (...) Não tem baixaria, sexo, vocês me desculpem, mas não deu, vou fazer um próximo (risos)", finaliza.
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