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Marina Lima publica declaração após morte assistida de Antonio Cícero: "Entendo meu irmão"

Após falecimento do poeta Antonio Cícero, Marina Lima agradeceu apoio de fãs e amigos e relembrou música que escreveu com o irmão

Daniela Damasceno, sob supervisão de Priscilla Comoti
Antonio Cícero e Marina Lima - Foto: Reprodução / Instagram

Nesta sexta-feira, 25, a cantora Marina Lima usou as redes sociais para se pronunciar sobre a morte do irmão, Antonio Cícero. Por meio de seu perfil oficial no Instagram, ela agradeceu o apoio recebido de fãs e amigos e afirmou que 'está bem' após a perda do poeta, que faleceu na quarta-feira, 23, aos 79 anos, após praticar uma eutanásia na Suíça.

"Estou bem. Entendo meu irmão. Cícero foi coerente com tudo que pensava, desde o fim. Eu fico por aqui. Ainda me sinto potente pra próxima parada. E obrigada gente, por tanto carinho. Nos veremos em breve no Circo Voador", escreveu a artista.

Na sequência, Marina recordou a letra de "Próxima Parada", uma música que escreveu junto com o irmão. "Eu sei onde é que estão as coisas doces da estrada. Você também. E se a gente se encontrar na Próxima Parada, aí meu bem, vamos mostrar. Que a única morada de um homem está no extraordinário", diz a letra da canção.

"Feroz é a nossa fome, feroz nosso céu, e o fogo que nos consome consuma esses medos seus. Ninguém vai nos trazer. Nem recompensa, nem conta. No final ninguém vai nos dizer pra nós o que é que conta. E afinal, para esclarecer, prefiro pôr as cartas sobre a mesa. Não dou meu desejo a Deus. Feroz é a natureza, feroz todo céu, e o meu coração festeja o encontro que aconteceu", finalizou.

Confira a publicação:

 

A morte de Antonio Cícero

Irmão da cantora Marina Lima, o poeta Antonio Cícero faleceu na última quarta-feira, 23, aos 79 anos, na Suíça, após praticar uma eutanásia. A decisão do escritor foi explicada por meio de uma carta de despedida.

De acordo com o texto, Antonio optou por uma morte assistida, permitida no país onde ele estava, após receber diagnóstico de Alzheimer. Segundo a Academia Brasileira de Letras (ABL), o corpo do poeta será cremado e não haverá velório.

"Queridos amigos, encontro-me na Suíça, prestes a praticar eutanásia. O que ocorre é que minha vida se tornou insuportável. Estou sofrendo de Alzheimer. Assim, não me lembro sequer de algumas coisas que ocorreram não apenas no passado remoto, mas mesmo de coisas que ocorreram ontem. Exceto os amigos mais íntimos, como vocês, não mais reconheço muitas pessoas que encontro na rua e com as quais já convivi", declarou ele na carta.

"Não consigo mais escrever bons poemas nem bons ensaios de filosofia. Não consigo me concentrar nem mesmo para ler, que era a coisa de que eu mais gostava no mundo. Apesar de tudo isso, ainda estou lúcido bastante para reconhecer minha terrível situação. [...] Pois bem, como sou ateu desde a adolescência, tenho consciência de que quem decide se minha vida vale a pena ou não sou eu mesmo. Espero ter vivido com dignidade e espero morrer com dignidade. Eu os amo muito e lhes envio muitos beijos e abraços", completou o escritor.

Leia também: Marina Lima vê trabalho atravessar gerações

Daniela Damasceno, sob supervisão de Priscilla Comoti

Daniela Damasceno faz parte da redação do site CARAS. Apaixonada pelo mundo do entretenimento, atualmente escreve sobre celebridades, reality show e novelas (email: dmoreira@caras.com.br)

Marina Lima Eutanásia Antonio Cícero

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