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MÊS DO AUTISMO

Especialista explica diagnóstico tardio de Letícia Sabatella e outros famosos autistas: 'Desafiador'

Psicóloga fala sobre desafios do diagnóstico tardio de autismo e elenca casos de famosos como Letícia Sabatella, que se descobriu autista após os 50 anos

Bárbara Aguiar, sob a supervisão de Arthur Pazin

por Bárbara Aguiar, sob a supervisão de Arthur Pazin

bvieira@perfilbr.com.br

Publicado em 02/04/2025, às 08h00 - Atualizado em 03/04/2025, às 15h32

A atriz Letícia Sabatella foi tardiamente diagnosticada com autismo - Divulgação/Tomás Arthuzzi
A atriz Letícia Sabatella foi tardiamente diagnosticada com autismo - Divulgação/Tomás Arthuzzi

Letícia Sabatella é só uma das famosas que passou a se entender melhor após receber um diagnóstico tardio de autismo. A atriz, hoje com 53 anos, se descobriu dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA) há um ano e declara que o autoconhecimento a transformou. Neste Abril Azul, conheça outros famosos autistas e entenda o processo de diagnóstico depois da infância: "Desafiador", explica a especialista Caroline Rorato em entrevista à CARAS Brasil.

O TEA e a busca por informação

O TEA é uma condição neurológica que afeta milhões de pessoas no mundo. Nos Estados Unidos, estima-se que 1 em cada 36 crianças esteja dentro do espectro. No Brasil, a Rede de Pesquisa em Autismo do Brasil (RPAB) aponta que cerca de 2 milhões de pessoas sejam autistas, sendo que muitos descobrem isso apenas na vida adulta.

O reconhecimento do TEA na vida adulta exige um processo de avaliação neuropsicológica mais detalhado, uma vez que os sinais podem ter sido interpretados de forma equivocada ao longo da vida. “O diagnóstico tardio de autismo é uma realidade cada vez mais presente na vida de muitas pessoas adultas. Isso acontece, principalmente, pela conscientização sobre o TEA e os avanços nos processos diagnósticos, que permitem identificar pessoas no espectro, mesmo após a infância. No entanto, o diagnóstico na vida adulta exige processos e avaliações específicas”, afirma a Psicóloga e Orientadora Genial da Genial Care, Caroline Rorato.

Esse foi o caso do ilustrador e ativista Tio Faso, que só se descobriu autista na fase adulta. "Na infância, os sinais eram considerados preguiça pelos profissionais da época", relata. A compreensão tardia trouxe mais clareza e permitiu que ele respeitasse melhor seus limites. "Antes, era tudo tentativa e erro, e muitos erros", desabafa.

Apesar dos desafios, especialistas ressaltam que o diagnóstico pode ser um caminho para o autoconhecimento e para a busca por melhores condições de suporte e adaptação. "O autismo não é uma doença, não tem cura, mas exige acompanhamento e compreensão", reforça Rorato.

Famosos que são autistas

Assim como Letícia Sabatella, outras personalidades também tiveram diagnósticos tardios e compartilham suas experiências para aumentar a conscientização sobre o tema. Entre eles estão:

Neste Abril Azul, mês de conscientização sobre o autismo, essas histórias reforçam a importância de acolher e respeitar as diferentes formas de existir no mundo. "Autistas adultos não devem ser invalidados”, destaca Caroline.

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Bárbara Aguiar, sob a supervisão de Arthur Pazin

Bárbara Aguiar é jornalista em formação pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Amante de atividades culturais e entretenimento, ela escreve para a Caras, Contigo! e atua como diretora de Comunicação Visual na Jornalismo Júnior da ECA/USP.

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