No ar como Branca, em Em Família, a atriz cuida do corpo com alimentação saudável e sem glúten, sem frituras ou alimentos enlatados
O tempo parece não passar para Angela Vieira. Aos 62 anos e dona de um corpo esguio graças ao balé clássico, que praticou por muitos anos, a intérprete da intempestiva Branca, da novela global Em Família, mantém, além da beleza, a jovialidade no espírito, no pensamento e nas atitudes. “Esse número não me assusta. Claro que envelhecer não é muito bom, mas as coisas vão se transformando em algo melhor. Temos de procurar ser felizes dentro do possível. Trabalho com meu rosto, meu corpo e claro que preciso cuidar deles, e da minha cabeça, da melhor maneira”, fala a estrela, na Ilha de CARAS, em Angra dos Reis. Para se manter em forma, Angela segue uma dieta sem glúten e evita frituras e alimentos enlatados. Aos 45, fez um minilifting no rosto e colocou silicone nos seios, mas é contra intervenções exageradas. “Acho perigoso tirar algumas marcas que, inexoravelmente, o tempo vai te dar. Com algumas delas você vai ter de conviver e acho até mais bonito, pois sempre vão existir papéis para as mulheres de 50, 60 e 70 anos”, acredita Angela.
Aliado a tudo isso, os ensinamentos que só a maturidade traz também fazem com que seu casamento de 12 anos com o cartunista e escritor Miguel Paiva (64) esteja em uma de suas melhores fases. “Nós temos uma parceria de amor e cumplicidade, por causa da experiência, que é muita coisa. Já tivemos outros casamentos e foi uma escolha absolutamente nossa estarmos juntos. Achei um espetáculo me apaixonar aos 50! Foi algo que me deu uma revigorada, é uma nova perspectiva que se abre. E acho que a relação tem um tripé: admiração, tesão e respeito. E é preciso estar atenta a isso sempre”, ressalta Angela. Ela, que mora no Rio com o marido, também procura administrar as divergências do dia a dia com sabedoria. “A intimidade e a convivência são difíceis, mas acho que já passamos da época de ter crise. Conversamos muito, tempos afinidades e interesses comuns. Entramos um no universo do outro com facilidade”, afirma, convicta.
Vivendo o papel de uma mulher rejeitada pelo marido e que não aceita a separação, a atriz filosofa sobre o tema e garante ser adepta da terapia, algo que sempre permeou os momentos de sua vida e na qual busca o equilíbrio. “Rejeição é uma coisa que o ser humano não nasceu para sofrer. Aliás, ninguém nasceu para sofrer e sim para ser feliz. Mas não tem como evitar, não depende de você. Quando se faz terapia muito tempo, é possível ter uma leitura diferenciada das coisas; é só ter um pouco de tranquilidade e esperar passar a onda. Ela sempre passa”, acredita Angela, que comemora seu segundo papel em uma novela de Manoel Carlos (81) — o primeiro foi em Por Amor, de 1997. Mãe de Nina (30), de relacionamento anterior, a atriz afirma estar louca para se tornar avó e que se prepara para isso há 12 anos. “Fui uma mãe super rígida, a Nina me deu trabalho e foi uma adolescente danada. Acho que vou ser uma avó totalmente permissiva e minha filha que se vire depois”, diz, com bom humor.