Em Portugal, ela exalta suas escolhas
Autenticidade é uma característica que se sobressai na personalidade de Úrsula Corona (35). Sem medo de ousar e seguir seus sonhos, a atriz se divide entre Londres, na Inglaterra, Brasil e Portugal: tudo pela arte. “Os desafios me movem. Mando em minha vida e escolho meus trabalhos, então, se a proposta me seduz, não existe a limitação da distância, nem a falta de tempo. Sempre quis escolher, não ser escolhida”, diz ela, durante a temporada do Castelo de CARAS, no Palácio Bussaco, em Portugal. Versátil, ela mantém sua produtora, a Sete Artes Produções, nos três países e em Madri, na Espanha, além de se dedicar à TV. Seus mais recentes trabalhos foram a participação no reality Biggest Deal e a novela Ouro Verde, ambos no canal português TVI. Para completar, em janeiro, ela estreia um programa ao vivo, aos domingos, em solo luso. “Estou descobrindo meu lado comunicadora”, adianta.
Com 27 anos de carreira, Úrsula percebeu a necessidade de mudança há cerca de seis anos, quando começou seus primeiros trabalhos fora do Brasil. “Eu precisava construir minha independência para poder dizer não, fazer o que queria e ser feliz com minha profissão. Foi preciso coragem, afinal, mudar, sair da zona de conforto e romper um contrato com uma emissora não é fácil. O mundo é enorme, nossa cabeça que é pequena”, frisa ela, que faz questão de continuar exercendo seu ofício em solo verde e amarelo. O último desafio foi na trama global das 7 Totalmente Demais.
Discreta quando o assunto é a vida pessoal, ela garante que está feliz e confessa que a vontade de ser mãe está cada vez mais latente. “Quem sabe daqui uns dois anos, no máximo! Quero muito ter a minha família, mas tudo na vida tem seu tempo.Vejo tantas pessoas que se casam por carência, conveniência... Para mim, esse não é o melhor caminho”, atesta a artista.
– Como foi deixar a tal zona de conforto para ir atrás de independência e de seus sonhos?
– As pessoas me achavam maluca, mas, sem dúvida, tudo isso me fez mais feliz. Planejo a vida a curto, médio e longo prazo.
– Leva a essência brasileira aos países por onde passa?
– Tenho muito orgulho de ser brasileira, apesar de todos os problemas que a gente vive. Quando estou longe, o que é difícil, porque sempre vou ao Brasil, sinto falta das pessoas e do calor humano.
– Ser brasilera ajuda ou atrapalha quando se está fora?
– Já sofri muito preconceito! Não aqui em Portugal, porque sempre fui muito bem recebida pelo país, mas brasileiro tem uma fama feia no mundo, de que não paga, de que é falso, e acho que essa imagem acaba vindo um pouco dos nossos políticos, acabamos não passando confiança. E quando a pessoa te conhece e vê que não é nada disso, tudo muda. Quantas vezes já ouvi: “Nossa, nem parece que você é brasileira”, e eu não acho que isso seja algo positivo.
– Como se vê daqui 10 anos?
– Na Bahia, em uma casinha na praia, na paz. Quero montar um projeto social com idosos e crianças lá. A ideia é ter minha família e dar uma desacelerada, só sair de lá para trabalhos bem pontuais. Quero qualidade de vida acima de qualquer coisa.
– Já é envolvida em vários projetos...
– Quando a gente pratica alguma ação, a gente doa, mas também recebe. Aprendi a ajudar o próximo ainda criança e esta é minha verdadeira missão, é algo que me alimenta
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