Em entrevista exclusiva para a CARAS Digital, as jornalistas falaram sobre a presença das mulheres nas narrações e coberturas da Copa do Mundo
As mulheres estão a cada dia conquistando mais espaços no meio esportivo, e a Copa do Mundo do Catar, que começa no dia 20 de novembro, entrará para a história como o primeiro evento futebolístico narrado por uma mulher na Globo.
Renata Silveira, que narrou seu primeiro jogo na TV aberta em abril deste ano, na vitória do Botafogo sobre o Ceilândia por 3 a 0 pela Copa do Brasil, foi escalada pela emissora para narrar alguns jogos do Mundial.
"É muito legal ser a primeira narradora da Globo. Narrar uma Copa na TV aberta é um marco muito importante, é uma conquista minha, mas não só minha, de todas as mulheres. E não só das que trabalham hoje com futebol, mas de todas as mulheres que sempre acreditaram e sempre batalharam por um espacinho ali, porque se hoje tem uma narradora, é porque um dia alguém batalhou lá atrás para trabalhar na redação, como apresentadora, como comentarista, até a gente chegar no cargo de narradora. Eu estou muito feliz com essa oportunidade", afirmou ela em entrevista exclusiva para a CARAS Digital.
Em seguida, ela confessou que a princípio não pensava em se tornar uma narradora, no entanto, a oportunidade surgiu durante um concurso realizado pela rádio Globo, em 2014. Ela venceu e teve a oportunidade de narra a partida entre Costa Rica e Uruguai. "Nunca imaginei narrar um jogo de futebol, eu sempre fui apaixonada por futebol desde pequena, mas ser uma narradora nunca foi uma possibilidade. Foi através de um concurso na rádio Globo, o Garota da Voz, em 2014, que despertou um interesse inicial. Foi ali que tudo começou", explicou.
Renata também reforçou a importância da representatividade, já que quando começou não tinha referências femininas nas narrações. "Essa representatividade é o que vale de tudo. Em 2014, eu comecei a narrar jogos de futebol por muita coragem e loucura mesmo em pensar que isso seria possível um dia e que iria dar certo. Naquela época eu nunca tinha visto uma mulher narrando futebol, então hoje as meninas podem ligar a televisão e podem se ver do ouro lado, isso que é o mais legal da gente ser inspiração, ser esse exemplo de que mulher também pode narrar futebol", completou.
Além de Renata Silveira, outra mulher também narrará jogos da Copa do Mundo, Natália Lara. Ela fará alguns jogos do mundial pelo SporTV, e também falou sobre sua expectativa para o evento. "Esse momento para nós mulheres, como um todo, é muito especial. Essa Copa do Mundo é muito mais do que uma consolidação do nosso espaço dentro do esporte, dentro do futebol, porque a gente fala do maior evento futebolístico do mundo. É uma realização pessoal, coletiva, de tantas e tantas mulheres que lutaram para que a gente pudesse chegar aqui [...]. Eu estou me sentindo muito pronta para isso, e muito ansiosa. Estou animada para gente começar", afirmou.
Natália sempre acompanhou as narrações masculinas, e celebrou poder ser uma referência para outras meninas que sonham em ser narradoras no futuro. "As minhas referências sempre foram masculinas, e quando eu entrei na área era uma aposta, gosto, tenho curiosidade e acredito que posso fazer e quebrar essa barreira... É muito gratificante, porque se eu não tive referência antes, agora as mulheres podem ter... Sinto que a nossa missão está sendo bem concluída, de abrir esse espaço e de dar possibilidades para outras mulheres de sonharem com isso... A gente começa a trabalhar da base a partir de agora."
A Copa do Mundo do Catar também será bastante especial para Bárbara Coelho. Além de comandar o Esporte Espetacular na Globo, a apresentadora será comentarista no programa Troca de Passes, do SporTV.
"Na Copa do Mundo, eu vou ter um papel diferente. Além de apresentadora do Esporte Espetacular, eu vou ser comentarista. Eu estou me preparando, fazendo um curso. Já comento em programas, mas preferi me preparar ainda mais", revelou ela, que explicou que na atração fará mais análises. "E eu vou ter um olhar de análise nos jogos, então vou ter que estar mais atenta aos detalhes dos jogos, os personagens das partidas. Me informar muito sobre o que as pessoas estão falando, até uma ligação com as redes sociais, para ver o que está repercutindo", contou.
Bárbara ainda falou ter mais mulheres na Copa do Mundo, principalmente nas transmissões da TV aberta. "A palavra que eu resumo essa experiência é identificação. Eu gosto de assistir, e quando eu vejo uma mulher ali é como se você recebesse a mensagem: 'eu faço parte dessa cobertura'. Então eu quero que as mulheres de todas as idades olhem para essa cobertura e entendam que essa Copa do Mundo é masculina, mas é uma Copa do Mundo para as mulheres também, porque elas estão lá conversando com a gente, com a nossa linguagem, com o nosso olhar e visão. Então eu acho que esse é o grande diferencial", pontou a apresentadora.
Ana Thais Matos também será a primeira mulher a comentar uma Copa do Mundo na Globo. Ela estará ao lado de Galvão Bueno, Júnior e Roque Júnior nas transmissões dos jogos na TV aberta.
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