O autor da novela 'Império' ficou inconsciente durante alguns segundos na rua e se recusou a ir para o hospital realizar os exames
Aguinaldo Silva sofreu um acidente durante um passeio em Lisboa nesta semana e "quase morreu", segundo seu próprio relato.
O autor da novela Império estava caminhando pelas ruas da capital portuguesa -- onde é proprietário de um restaurante --, tropeçou e bateu fortemente a cabeça na queda.
"Quase morri, de verdade. Sofri um acidente em Lisboa e a essa altura, por muito pouco, vocês estariam sambando no meu enterro!", disse o autor em sua página no Facebook nesta quinta-feira, 7.
Em seu blog, Aguinaldo deu mais detalhes sobre o acidente. "Saía eu do Avenue em companhia do meu gestor Luís Ferreira, após um lauto jantar em que provamos o novo cardápio do meu restaurante (que está divino e a preços bem mais acessíveis). Íamos em direção ao Parque Mayer, antiga Broadway lisboeta (hoje apenas um estacionamento em meio a dezenas de teatros em ruinas), onde estava meu carro, quando pisei numa emenda no asfalto – na aparência inocente, mas na verdade assassina -, perdi o equilíbrio e, para não cair de boca no chão, impulsionei o corpo para trás e foi aí que desabei e deu-se a melódia: bati com a cabeça no chão duro. Segundo Luís Ferreira eu fiquei lá esborrachado durante preciosos segundos, de olhos abertos, mas voltados para o vazio absoluto, sem ouvir os apelos dele para que voltasse de onde seja lá que estava, até que de repente eu pisquei e lhe disse: -- Luís, eu bati com a cabeça! E tentei levantar, mas não tive forças para fazê-lo. Foi preciso que ele me pusesse de pé, e me segurasse até que as pernas e a vontade férrea que me impulsiona sempre para a frente me voltassem", contou o autor.
Na sequência, Aguinaldo caminhou em direção ao seu carro, "trôpego e zonzo", com um galo na testa. "Não, depois da queda eu não estava nada bem. Mesmo assim desconsiderei todos os apelos para ir num hospital fazer uma TAC, seja lá que diabos seja isso, pois num hospital, e na qualidade de paciente, só entro depois de morto. Antes de adormecer tomei uma única providência: tirei a chave da porta, pois assim, caso durante a noite as consequências da queda se tornassem radicais e me levassem à paralisia ou, digamos assim, a um longo passeio na barca de Caronte, seria mais fácil arrombá-la. Claro, não houve nada de tão dramático. Acordei ontem ainda com a tal labirintite, mas prossegui com minha inflexível rotina e de tarde tive até uma reunião de negócios. Hoje a labirintite se foi. O galo na cabeça diminuiu. Meu raciocínio e minha capacidade de escrever continuam intactos", explicou.
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