Com o filho, Pietro, o ator Rainer Cadete reconhece maturidade e avalia a importância do diálogo
Para Rainer Cadete (36), o Dia dos Pais é apenas mais uma data imposta pela sociedade. “Todo dia é dia de celebrar nossos afetos, nossos alicerces, e cuidar bem deles”, reflete o ator, que confessa ter na paternidade o seu melhor papel e um verdadeiro divisor de águas em sua vida. Tudo mudou após a chegada de Pietro (16), seu único filho, fruto do relacionamento com a bailarina Lily Alvez (37). “Quando ele nasceu, eu tinha 19 anos. Ser pai nessa idade me amadureceu. Me trouxe a ideia de que eu não posso não dar certo”, conta.
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Com o passar dos anos, os aprendizados como pai lhe permitiram viver uma experiência que é privilégio de poucos: a forte cumplicidade com o herdeiro. Inclusive, desde 2020, Rainer divide a casa e a rotina com Pietro, o que intensificou ainda mais o relacionamento entre pai e filho. “Temos uma relação de amizade muito forte, uma comunicação transparente. Mas também sou o pai, então, fico atento às oportunidades de desenvolver o caráter, os talentos e a força dele”, explica o artista, que recebe elogios e homenagens do jovem. “Ele sempre esteve presente e deu o máximo para estampar um sorriso no meu rosto. Sempre conseguiu”, declara Pietro.
– Rainer, você e o Pietro costumam comemorar o Dia dos Pais, afinal?
Rainer – Eu e Pietro celebramos a vida, pois adoramos a companhia um do outro. Gostamos de fazer passeios pela cidade, trilhas, ir ao cinema, ao teatro ou a algum show. E, normalmente, também cozinhamos juntos. Pietro tem mãos muito boas para a cozinha.
– De que forma a chegada dele mudou sua vida?
Rainer – Quando Pietro nasceu, eu tinha 19 anos. Ser pai tão jovem foi um desafio, pois é um momento em que a gente não deixou nem de ser filho direito, ainda não tem uma autonomia financeira, emocional, e está correndo atrás dos próprios sonhos. A chegada dele me amadureceu. É uma sensação de pertencer mais ao mundo e uma vontade grande de dar certo.
– Ele já é um jovem. De que forma construíram uma relação com amizade?
Rainer – Construímos essa relação com muita verdade. À medida que ele sentiu curiosidade sobre as coisas e me perguntou, fui falando sobre qualquer tema. Existe essa ponte aberta de diálogo, feita diariamente com muito interesse e presença. É lindo vê-lo desabrochar, virar um homem cada vez mais comprometido, consciente e militante. Me deixa muito orgulhoso.
– Pietro, como é ter, na mesma pessoa, um pai e um amigo?
Pietro – É incrível! Reforço para todos que meu pai é meu melhor amigo. Acho brega essa fase dos adolescentes acharem que têm que se distanciar dos pais para se conhecerem melhor e tratá-los de
forma horrível. Meu pai sempre foi o primeiro a me ajudar e é a pessoa que mais me conhece no mundo.
– Acha que o fato de seu pai ser jovem contribui para isso?
Pietro – Não necessariamente. Acredito que, enquanto a curiosidade sobre o mundo for imensa, você será jovem. Falo isso porque conto minhas histórias, sem censura, para as minhas avós e elas sempre retrucam com algo surpreendente.
– Rainer, qual a importância do diálogo aberto com seu filho?
Rainer – É enorme! A mesma de manter um contato afetuoso consigo mesmo. Vai muito do amor-próprio, de entender o que faz sentido e o que é uma reprodução do que aprendemos com nossos pais. Só com a consciência de nós mesmos vamos conseguir passar isso para os nossos filhos.
– Vocês estão morando juntos desde 2020. Como foi isso?
Rainer – Era um desejo e um sonho mútuo ficar junto. Então, batalhei para me estruturar e conseguir me estabelecer nessa profissão cheia de altos e baixos que é ser ator. E a pandemia foi frustrante, mas um intensivão de convivência, construímos memórias que não esqueceremos. Foi importante para nós.
– Quais as dificuldades da paternidade?
Rainer – A princípio, o fato de ser jovem, de não ter uma boa condição financeira e ainda estudar e trabalhar, não ter muito tempo. Tive que contar com a ajuda dos avós. Mas sempre estive presente, apesar das dificuldades, e ser pai que se preocupa, se importa e se envolve.
– Vivemos em uma sociedade racista. Como você, pai de um garoto negro, lida com isso?
– Ainda precisamos caminhar bastante, isso é um problema sério. Pessoas pretas morrem diariamente neste País. Meu filho já sofreu racismo algumas vezes na escola e foi difícil. É um assunto muito complexo. O primeiro passo é saber que ele existe e que foi construído. E do mesmo jeito que foi construído, pode e deve ser destruído também.
– Pietro, quais os maiores ensinamentos que seu pai pode lhe transmitir?
Pietro – Amor e positividade. Sei que parece uma reposta muito ampla, mas se existisse uma receita para cada pessoa, esses dois elementos seriam os principais ingredientes do meu pai. Ele me ensinou muito sobre o amor e também como a positividade pode mudar o mundo.
– O trabalho do seu pai te influencia de alguma forma?
– Confesso que penso e sonho com a carreira artística. Já venho me preparado muito nos últimos anos. Meu pai sempre ajuda, ele me ensinou a engolir o orgulho e foi uma das melhores coisas que eu já fiz. Ele é simplesmente um gênio. Sempre pensa nos mínimos detalhes de uma cena. Um dos meus sonhos é colocar ele para me dirigir em um futuro próximo.
– Rainer, o que você pensa sobre isso?
Rainer – Ele cresceu no teatro, né? A Aline, mãe dele, é atriz e bailarina. Quando ele nasceu, a gente estava em cartaz junto. Então, ele cresceu na coxia, entre os atores, entre os músicos. Por isso, ele tem muito ouvido, muita sensibilidade. Estou pronto para apoiá-lo.
– Você parece realizado. Em algum momento já pensou em ser pai outra vez?
Rainer – Tudo pode acontecer ainda. Eu estou aberto às surpresas do destino.
FOTOS: MARCIO FARIAS; STYLING: SAMANTHA SZCZERB; BELEZA: DAIANNE MARTINS; AGRADECIMENTOS: DLZ, AMIL, HERMES INOCENCIO, HANDRED, PORTINHO RJ
O ator Rainer Cadete está em mais uma novela de Walcyr Carrasco. Após fazer fotógrafo Téo em A Dona do Pedaço, ele volta ao horário das nove da emissora em Terra e Paixão com Luigi, um personagem ousado, mas não tão ousado quanto Visky de Verdades Secretas.
Em coletiva de imprensa, o ator contou como está sendo sua sétima novela com o autor e revelou um pouco do seu papel: um golpista do amor. "Luigi, assim como os outros personagens que o Walcyr escreveu pra mim de composição, um grande desafio que exibe um mergulho num universo distante do meu cotidiano, o Luigi é um vigarista divertido, sedutor, que conhece mulheres através de redes sociais, aplicativos", falou sobre o personagem representar uma triste situação que muitas pessoas passam atualmente com o mundo digital.
Apesar de seu lado "cruel", o personagem de Rainer Cadete apresenta um lado "bom" e divertido para a história. "Ele também tem um coração enorme e é capaz de se apaixonar, a gente vai ver essa trajetória, essa transformação na novela, apesar de ser um personagem bem-humorado, ele também serve como alerta pros perigos que circulam essas coisas de encontros virtuais, principalmente com as mulheres e diariamente a gente vê pessoas, mulheres, sofrendo golpes de homens que querem se aproveitar da carência e usam a relação pra tirar as coisas", apontou o lado conscientizador do golpista.
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