Bastaram os primeiros flashes para Lucélia Santos (51) se transformar. Apesar de não se considerar sexy, a atriz conta na Ilha de CARAS que fica totalmente à vontade para encarnar o papel de mulher fatal diante das câmeras. "Sou muito fotogênica. E me transformo no que o diretor quiser", assume ela, que já brilhou dando vida a polêmicos personagens de Nelson Rodrigues (1912-1980) em longas inspirados nas peças Engraçadinha e Bonitinha Mas Ordinária. E, apesar do passar dos anos, a atriz permanece orgulhosa de sua boa forma. "Me sinto muito bonita", afirma Lucélia, budista, praticante da yoga e vegetariana há 26 anos. "Malho bastante, tomo muita água e faço uma alimentação saudável, além de nunca ter fumado. Tenho uma rotina física e espiritual muito elevada", assegura ela, que não descarta a possibilidade de posar nua pela terceira vez. Porém, agora, destacando seu lado engajado. "Gostaria de fotografar no meio de uma queimada da Amazônia, como forma de denúncia", provoca. "Não tenho problemas com nudez. Já convivi com índios e sou relaxada quanto a isso", explica ela.
No campo amoroso, a atriz, que já passou por quatro relações que considera "importantes", espera a chegada de um novo companheiro. "Já fiz meu mapa e os astros dizem que vou me apaixonar em breve", festeja Lucélia.
- A idade é um problema?
- Nada de paranóias. Comecei a me cuidar após os 35 anos. Era bailarina e fazia a linha largada. É normal ser assim na juventude... Aí, passei a dar atenção à pele, aos ossos, aos músculos. No geral, sou disciplinada e não tenho tendência para engordar. Só abro exceção na TPM, quando ataco um quindim daqueles (risos).
- Até o ano passado, você não pensava em plástica...
- Admiro quem tem coragem de fazer e até quero dar uma esticadinha nos olhos. Também já apliquei botox, embora ache que as pessoas estejam exagerando. É perigoso para os atores, as expressões faciais somem. Prefiro optar por outras alternativas. Sou adepta da medicina ortomolecular há dez anos. E acredito que se você come bem e malha, não precisa se submeter à cirurgia. Sou satisfeita com meu corpo e comigo, sou uma pessoa feliz.
- O budismo ajuda?
- Estou em contato comigo mesma e isso está entrando na minha prática mental. Quando você entende mentalmente as sensações e emoções, abre espaço para o seu coração. Hoje, me sinto mais preparada para tudo, seja para uma relação específica ou para a vida em geral. Sou mais calma e sei viver através do caminho do meio.
- Então não tem pressa para encontrar um novo amor?
- Pretendo me entregar para alguém, sim, estou aberta a isso. Mas quero um relacionamento sem possessividade ou sofrimento. Até porque as coisas acabam e estou preparada para este fim. Preciso ter ao meu lado uma pessoa diferente. E o ideal é que ele tenha o mesmo nível de consciência que o meu.
- E os projetos profissionais?
- Meu filme, Destino, vai ser exibido no Festival de Shangai, em julho, e estou no longa Lula, o Filho do Brasil.