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BILLY ZANE FAZ SUAS APOSTAS PARA O OSCAR 2009

Redação Publicado em 17/02/2009, às 16h28 - Atualizado em 18/02/2009, às 15h47

Considerado um dos mais consistentes e camaleônicos atores de sua geração, o americano Billy Zane (43) esteve no Brasil, pela primeira vez, especialmente para visitar a Ilha de CARAS. Astro de filmes como De Volta Para o Futuro (1985) e O Fantasma (1996), ele escreveu definitivamente seu nome na história do cinema como um dos protagonistas de Titanic (1997), em que viveu o inesquecível Cal Hockley, noivo de Rose (Kate Winslet) e rival de Jack Dawson (Leo DiCaprio). A paixão pelo cinema levou Billy a falar na entrevista sobre suas expectativas para a cerimônia de entrega do Oscar, no domingo, 22. Mas ele também mostrou outras facetas em Angra. Apaixonado por música e DJ nas horas vagas, nunca se separava do iPod, equipado com caixas de som para que pudesse compartilhar suas escolhas. "A música tem uma grande importância na minha vida pessoal. E também quando estou trabalhando. Às vezes, ajuda na composição do personagem", conta ele, que revelou seus métodos. "Uma vez estava preocupado porque não achava o tom de um trabalho e Jack Nicholson me deu um conselho inesquecível: 'deixe tudo o que está pensando para lá. Primeiro, vista o figurino. Com a roupa certa, o personagem surge'. Desde então, dedico especial atenção às roupas dentro e fora dos sets. Para esta minha viagem, por exemplo, quis usar ternos no estilo dos anos 60, uma coisa bem Sean Connery", disse ele, com um meio sorriso e a sobrancelha levantada, imitando Connery. Simpático e muito educado, Billy cativa a todos. Antes de escolher a bebida, pergunta sempre o nome do garçom e o cumprimenta. Outra característica do astro é a personalidade eclética. Já atuou em mais de 70 filmes e, além de DJ, é pintor, adora fotografar e estreia como diretor no ainda inédito Big Kiss. "Só consigo fazer tantas coisas porque não as faço todos os dias. Ou então é porque não faço nada direito", brinca ele, solteiro há um mês, desde o fim da breve relação com Alice Panikian (23), miss Canadá 2006. - O que acha dos filmes concorrentes ao Oscar? - Gosto muito de Milk - A Voz da Igualdade e mais ainda de O Lutador. É muito consistente, com direção perfeita, edição brilhante e excelente script. O ritmo é perfeito e a verdade e os romances são muito bem colocados. O trabalho de câmera também é bastante elegante. Já Milk é provavelmente o que tem a melhor fotografia entre os indicados. É bonito e emocional. Sem contar que foi ótimo ver Sean Penn assumindo uma personalidade tão diferente da dele. Foi um enorme prazer vê-lo atuar. - E filmes como Frost/Nixon, O Leitor e O Curioso Caso de Benjamin Button? - Infelizmente, ainda não pude vê-los. Mesmo assim, sei que Frost/ Nixon tem uma ótima atuação. Há muito tempo sou um grande fã de Frank Langella. Ele foi fenomenal em Lolita (1998) e em tantos outros filmes... É um grande ator, verdadeiro e muito corajoso. - Qual sua opinião sobre Quem Quer Ser um Milionário? - É muito emocional e louco, o que é fascinante. Adoro ver como o público gosta do êxito do filme, assim como o sucesso que o personagem consegue na trama. A comoção que o filme provoca é sensacional. Parece até uma eleição presidencial. Dá a impressão de que o país inteiro está torcendo. Conheci Anil Kapoor, o protagonista, em Los Angeles, pouco antes de vir para a Ilha. É um homem adorável e que fala de forma muito bonita sobre a experiência. Está muito orgulhoso do filme. E a fotografia é linda. - O que mais chama a atenção neste Oscar? - Adoro a volta de Mickey Rourke, é sempre estimulante. Ele está fazendo um trabalho cada vez mais profundo, embora tenha sido sempre incrível. Sua participação em Sin City (2005) foi engraçada e até mesmo meio pateta (risos). Fico sempre feliz por quem tem a chance de celebrar seu trabalho. E ele é excelente neste filme. - E quanto aos outros atores? - Richard Jenkins ter sido finalmente indicado após tantos filmes maravilhosos é outro motivo para celebrarmos. Todo mundo ama Richard. Estou muito feliz por ele, que tem uma carreira muito consistente. Está sempre bem em seus personagens, além de ser refinado comediante. E tem Brad Pitt. Não vi o filme, mas é fantástico. É um pacote completo, excelente ator e bonito. Brad é fenomenal. - Você está finalizando seu primeiro filme como diretor. Prefere atuar ou dirigir? - Ser ator significa conforto demais. Muitas vezes, ficamos horas sentado em uma cadeira, esperando o início das filmagens. E como diretor, você nunca para. Confesso que prefiro o desafio intelectual e a participação no todo do diretor. E gosto de ser o anfitrião (risos). - Pensa em parar de atuar? - Não. Também não penso em ser apenas uma coisa. - Gostaria de filmar no Brasil? - Adoraria. Minha primeira impressão sobre o Rio de Janeiro é que a cidade ficaria incrível em preto e branco. Daria uma imagem com o clima da fotografia dos filmes de Hitchcock. O Pão de Açúcar, por exemplo, ficaria quase como uma pintura. E estou falando apenas de Rio, que é praticamente um shangri- la, um paraíso terrestre. Gostaria de expandir minha visão para Brasília e a Amazônia, que não conheço, mas que já vi em fotos.
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