Não existe tempo ruim para Isabel Swan (25). E não é só no esporte. Com a mesma determinação que conquistou a medalha de bronze nas Olimpíadas de Pequim ano passado, a primeira de uma mulher brasileira no iatismo, em dupla com Fernanda Oliveira (28), ela conta que mantém sempre o foco em todos os quesitos de sua vida. "Quem compete tem que estar preparado para a chuva e o sol, além do vento e a falta dele...", explica Isabel, que compete na classe 470. É essa paixão que leva a velejadora a deixar em segundo plano até sua vida pessoal. O namoro de dez meses com o goleiro e ex-BBB Giulliano Ciarelli (31), por exemplo, não tem espaço para conversas sobre casamento e filhos. "Só daqui a um tempinho. Quero participar de duas Olimpíadas ainda", garante, na Ilha de CARAS.
A ligação com o mar vem da infância. Isabel começou a praticar o esporte com 8 anos, em Niterói, RJ. Com 15, fez trabalhos como modelo. Mas nem isso diminuiu seu interesse pelo iatismo. "O estilo saudável e andarilho dos velejadores me conquistou. Brinco que meu escritório é na praia", orgulha-se ela que, em agosto, inicia a preparação para a temporada 2010. Agora em dupla com Martine Grael (18).
"Em março disputaremos o Troféu Princesa Sofia, na Espanha", planeja ela, que adorou encontrar uma
estátua de São Pedro, o padroeiro dos pescadores, em Angra. "Sempre peço a ele mar aberto com ondas, sol e ventos de 15 a 18 nós", avisa.
- É difícil ter vida pessoal?
- Sim, porque o atleta acaba priorizando o profissional. A pessoa que está do lado precisa compreender essa dedicação. Mas gosto de sair com amigos e me arrumar.
- A vela é pouco valorizada?
- Sim. Eu e Martine não temos patrocínio fechado. Fazemos porque amamos, acreditamos. Felizmente, há projetos recentes que estão a nosso favor, como uma Lei do Incentivo Fiscal Federal e outra no Estado do Rio, em que uma empresa pode solicitar o desconto do ICMS em troca de 20% do patrocínio de um evento esportivo.