Atração do MECA

Tulipa Ruiz cita a arte como forma de cura: ''Ninguém pode roubar nossas subjetividades''

Headliner do festival em Inhotim, Tulipa Ruiz revela planos de novo álbum e critica medidas tomadas em Brumadinho

Baárbara Martinez Publicado em 18/05/2019, às 20h00 - Atualizado em 21/05/2019, às 09h45

Tulipa Ruiz - Reprodução

Tulipa Ruiz é uma das principais atrações do MECA 2019 que acontece a partir desta sexta-feira, 17, em Inhotim, Minas Gerais.

A artista da música 'Só Sei Dançar com Você' conversou em exclusividade com a CARAS Brasil sobre a atração, Brumadinho e outras novidades em sua carreira. 

Cantora, compositora e ilustradora, a morena destaca que tudo que realiza envolve a arte. "Eu gosto muito quando as linguagens (da arte) se misturam. Tocar em Inhotim por exemplo é muito emocionante porque vamos tocar dentro de um museu onde tudo é linguagem. Acho isso maravilhoso! Cantar sempre esteve acompanhado de outras linguagens. Sou formada em comunicação e a área é cheia de coisas. Eu amo fazer música mais gosto de esbarrar em outras vertentes". 

"A arte é o lugar que mostra que ninguém pode roubar nossas subjetividades. Eu acho que se a gente não tivesse lugar na arte para refletir, questionar, se nutrir. Sem ela, tudo ficaria mais denso, mais pesado e ficaríamos mais perdidos. Ainda bem que temos o cajado da arte para seguir nesse contemporâneo apocalíptico", revela a cantora ressaltando o momento conturbado que o Brasil enfrenta. 

No aquecimento para o festival mineiro, Tulipa fez um post nas redes sociais e legendou citando: Luto e Luta por Brumadinho - local onde uma das barragens da mineradora Vale rompeu e espalhou rejeitos em diversas áreas da região deixando mais de 225 pessoas mortas e 68 desaparecidas, de acordo com o último dado da Defesa Civil de Minas Gerais, a loira faz críticas sobre as atitudes tomadas pelos governantes. "Uma das coisas que me fizeram estar no MECA este ano foi justamente a tragédia. Eu quero ir até Brumadinho, eu nem conheço Inhotim, mas sobretudo quero ir até Brumadinho, conversar com as pessoas, entender o que efetivamente foi feito depois dessa tragédia. A gente vive um momento de manipulação midiática muito grande então muita coisa não é contada para a gente. O governo se tornou de maneira equivocada tanto antes como depois dessa tragédia", afirma. 

Ainda sobre a cicatriz que o Brasil carrega após a tragédia, ela mesmo se questiona: "Como tem sido o cotidiano de brumadinho? Como está sendo o luto dessas pessoas? Elas voltaram a trabalhar? Quem tem olhado por elas? O que foi feito em relação a tragédia toda? Estou indo lá como artista e cidadã". 

Seguindo a agenda com sua banda nomeada como Pipoco das Galáxias e no finalzinho da turnê do álbum Tu, Ruiz revela que neste 2019 tem uma prioridade: ''Ano de ficar fechada em estúdio tocando música". 

O festival acontece nos dias 17, 18 e 19 de maio​, no Instituto Inhotim. O maior museu a céu aberto da América Latina recebe não só Tulipa, mas também Duda Beat, Céu, Pitty, Tulipa Ruiz, Castello Branco, MC Tha​, entre os artistas principais.

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