por Ranieri Maia Rizza
Sentada em um dos recantos da orla da Praia Mansa, a atriz
Bianca Castanho (29) lembra os muitos veraneios que passou com a família em Punta Del Este. "
Posso dar um roteiro de lugares que são a cara de Punta. Afinal, vim durante cinco anos passar as férias de verão, fora as outras vezes em que estive aqui apenas para passear. Não é só das praias daqui que estou matando as saudades, mas das ruas charmosas, dos bosques, da variedade dos restaurantes, do pôr-do-sol, dos paradores...", enumera Bianca, entusiasmada com o seu retorno ao famoso balneário uruguaio, onde conheceu o Parador CARAS, na Isla Gorriti.
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A qualidade dos paradores, esses lugares à beira-mar que unem culinária, música e conforto, sempre me fascinou, mas o que estou vendo aqui nesta ilha é algo surpreendente em termos de estrutura e beleza. Tudo isso me faz ver que devo voltar mais a Punta", afirma, ao lado do namorado, o empresário
Henry de Salles Canfield (29), seu ex-colega de escola e conterrâneo da cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, a quem não via há 16 anos e reencontrou há dez meses. "
Tem acontecimentos na vida que não conseguimos explicar muito. Assim foi o meu reencontro com o Henry. Só posso dizer que está sendo maravilhoso e estamos sempre juntos, embora vivamos em Estados diferentes", conta a gaúcha, que há 10 anos adotou o Rio de Janeiro como lar.
Bianca não perdeu a oportunidade de rever um famoso cartão postal da sofisticada cidade uruguaia, a Casapueblo, o hotel e ateliê do artista plástico
Carlos Paez Villaró (84), que também assina o painel dentro do Conrad Resort & Casino, onde o casal ficou hospedado. "
O colorido das obras do Villaró transmite paz e energia. Tem tudo a ver comigo, que sou dinâmica, mas muito tranqüila", considera a atriz. Se despedindo de Antônia, da novela
Amor e Intrigas, e com contrato com a Record até 2010, ela se prepara para passar férias com a família, no Sul. "
Também devo viajar com o Henry. Planejamos ir a Buenos Aires", revela.
- Vir a Punta lhe traz muitas lembranças?
- Inúmeras, já que passei muitos verões aqui. Meu pai alugava uma casa e ficávamos às vezes por dois meses. Como sou do Rio Grande do Sul, temos a vantagem de ficar perto do Uruguai. Aqui você tem o silêncio, tem a noite agitada, tem a vida cultural... Tem opções para todos os gostos e estados de espírito. Tenho saudades das férias que passei aqui ao lado dos meus pais (o médico
Paulo Sérgio Pereira e a artista plástica
Lígia Castanho Pereira) e dos meus irmãos (os médicos
Diego Pereira e
Paula Pereira). Hoje fica difícil reunir todo mundo.
- Há 10 anos você saiu da casa de seus pais. Qual é a avaliação que faz desse tempo, que também é o de sua vida artística?
- O resultado é de muita felicidade. Me considero iluminada e agradeço a Deus por isso. Um ano depois que cheguei ao Rio de Janeiro fui chamada para ser a Florinda de
Terra Nostra, na Globo, e nunca parei de trabalhar. Estou em minha oitava novela e trabalhei com pessoas muito talentosas nas emissoras em que estive. Em meu primeiro papel na televisão já tive o privilégio de contracenar com o inesquecível
Raul Cortez, o que foi uma das melhores coisas acontecidas até hoje. Depois ele me convidou para ser a filha dele em um texto de
Shakespeare,
Rei Lear, papel pelo qual fui escolhida como revelação do ano no Prêmio Qualidade Brasil 2000. No SBT fui a protagonista de três novelas, e na Record vivo um momento muito bacana. É uma emissora que investe em você. Fico feliz por estar presente nesse processo de crescimento cada vez maior que ela vive. Gosto de mudanças e de desafios.
- Como foi esse reencontro com Henry, após 16 anos?
- Fomos colegas quando tínhamos 12 anos, e nos vimos em uma festa de amigos em comum há dez meses. Começamos a namorar e tem sido ótimo. Como o Henry mora em Santa Maria, ou eu vou para o Rio Grande do Sul ou ele vai para o Rio de Janeiro. Também viajamos juntos, como nessa vinda a Punta. O importante é que estamos sempre juntos.
- Você é conhecida como uma pessoa calma. Tem alguma técnica para se manter tranqüila?
- Olha, posso até estar nervosa, mas não coloco para fora. Dou uma respirada, medito um pouco e tudo se normaliza. Mas geralmente sou bem calma, até no agitado ambiente de gravação. Sou uma pessoa de fé. Se alguma coisa não está legal, eu rezo. Sou daquelas que carrega santinho, medalhinhas...
- O que almeja na carreira?
- Continuar trabalhando bastante em TV; fazer teatro - com o fim da novela vou estudar alguns projetos de peça - e atuar em cinema, o que é um grande sonho. Tive um papel pequeno em
A Partilha, dirigido pelo
Daniel Filho, e fiquei com muita vontade de fazer mais cinema.