Moda: Da cintura pra cima

Em uma temporada na qual o destaque em muitos desfiles ficou por conta de um visual cada vez mais sóbrio, ressaltando a recatada feminilidade dos anos 1940, Peter Dundas idealiza para este inverno mulheres bem mais intensas. Com seu DNA ultrassensual, o designer norueguês se inspira em figuras fortes da década de 1970, como a modelo e atriz norte-americana Angie Bowie e a atriz e modelo italiana Anita Pallenberg, em propostas pra lá de reveladoras. A começar pelo comprimento das peças: curtíssimas, claro! Batas viram minivestidos, minissaias trazem estampas e os shorts entram como
peças-chave para produções glamourosas. Mas o melhor vem agora. Todos esses looks ganham a imponente presença das botas chamadas over the knee — esses modelitos bem longos que acabam fazendo as vezes de uma meia-calça. De camurça lisa e em tons camelo ou pretas de couro trabalhado, elas imprimem instantaneamente uma atitude poderosa. Só não vale usar com superdecotes nem roupas justíssimas, e sim apostar nas excelentes opções de tricôs fechadinhos sobre saias com detalhes embabadados. Em outra ideia interessante, a marca traz o short de alfaiataria com uma
leitura bem festa. Vistos com sofisticados casaquetos de franjas, no melhor estilo animal print renovado, conforto e sex-appeal estão garantidos para o visual noite. O mesmo efeito franjado aparece também nos vestidos com uma feliz composição de tons escuros. E, por falar em franjas, outro hit chega nas bolsinhas tipo saco de alças longuíssimas (para um efeito mais despojado), e devem ofuscar a hegemonia
das clutches logo, logo. Se depender dos desejos de Peter Dundas, esse recato todo veremos mesmo só da cintura pra cima.