Em entrevista à CARAS Brasil, Thomas Pfleghar, diretor da empresa que fornece as próteses de Vinicius no BBB 24, também explica uso dos equipamentos
A participação de Vinicius Rodrigues (29) no BBB 24 levantou um debate após enfrentar dificuldades na primeira prova de resistência do reality. Para Thomas Pfleghar, diretor da empresa que fabrica e fornece as próteses do atleta paralímpico, o programa deve se atentar para desenvolver provas que promovam equidade.
"A condição física de Vinicius não pode ser comparada à dos demais participantes [do BBB], mesmo ele sendo um atleta", diz o diretor de Academy na América Latina da Ottobock. "Cada pessoa se adapta às suas especificidades funcionais, sendo necessário observá-lo para entender qual o seu potencial funcional, desenvolvendo provas com equidade para que seja justo para todos."
Pfleghar acrescenta que pessoas amputadas tem um aumento de 70% no gasto energético, alcançando seu limite mais rápido do que uma pessoa não amputada. Na primeira prova do Líder, o atleta precisou retirar sua prótese para completar o circuito e depois trocou por outro modelo. A cena incomodou os espectadores, que acusaram o programa de não ter acessibilidade.
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O participante do BBB levou para o reality uma prótese para uso diário, uma para atividades que envolvam água e outra para corrida. O diretor explica que cada pessoa passa por uma avaliação com profissionais para ver quais próteses atendem à suas necessidades e, no caso de Vinícius, não foi diferente.
Por ser um atleta de alto rendimento, o brother precisa treinar e praticar diversos exercícios, além da vida social longe do esporte. Pfleghar acrescenta ao dizer que Vinícius possui uma grande demanda com as próteses e, por isso, os componentes precisam dar suporte para que ele tenha chances de inclusão na sociedade em sua rotina.
Embaixador da Ottobock, Vinicius deixou sua equipe da empresa com uma mistura de apreensão e entusiasmo ao entrar no BBB. O diretor diz que houve preocupações sobre o desempenho do atleta após três meses sem treino, especialmente neste ano de competições mundiais. Por outro lado, sua participação levanta um debate bastante imporante.
"Vinicius estar representando milhares de brasileiros que por muito tempo foram negligenciados: pessoas com deficiência que lutam por um espaço com equidade. Ele estará lá para mostrar o dia a dia e as barreiras que até mesmo um atleta, pode enfrentar", completa, em entrevista à CARAS Brasil.
Ainda durante a conversa, o diretor da Ottobock explica o funcionamento de cada prótese que o atleta levou. A primeira, para uso diário, é equipada com um joelho protético eletrônico que possui controle tanto na fase de balanço (flexão e extensão quando não há contato com o solo), quanto na fase de apoio (quando há contato com o solo).
"Embora a prótese em si seja passiva, a parte eletrônica do joelho protético é dotada de algoritmos e programações que reagem imediatamente à detecção de movimentos indefinidos". Para realizar as alterações, a prótese precisa receber uma série de informações. Ele ainda destaca que não há leituras precisas dos parâmetros necessários quando o indivíduo está deitado ou se arrastando.
A segunda, resistente à água, é mecânica e também controla as fases de balanço e apoio. Diferente da primeira, ela utiliza um sistema hidráulico. "Com essa prótese, o Vinicius é capaz de descer rampas e escadas com passos alternados, assim como ocorre com a prótese equipada com o joelho eletrônico."
Já a terceira prótese, específica para corrida, é "a mesma que Vinicius utilizou ao quebrar o recorde mundial de 100 metros e conquistar medalhas de prata em campeonatos mundiais e paraolímpicos". Ela é mais leve e apresenta um sistema hidráulico específico para correr.
Além disso, a prótese utiliza uma lâmina no formato da letra C, confeccionada em fibra de carbono, no lugar do pé. O formato serve para dar apoio durante a corrida e também acumula energia para devolvê-la de forma eficiente ao potencial funcional do utilizador. "A lâmina só pode devolver a energia que recebe, não sendo capaz de gerar energia adicional."
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