Gisele Bündchen confessa que sentia culpa ao se dividir nos papéis de mãe e mulher

Realizada, a top model muda estilo e os hábitos para cuidar da família. Próxima de completar 20 anos de carreira, ela relembra a loucura de sua rotina quando começou a desfilar e conta como mudaram as suas prioridades

CARAS Publicado em 05/11/2013, às 16h23 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

Gisele Bündchen - Caio Guimarães

Não há nenhuma dúvida: Gisele Bündchen (33) faz história no mundo da moda. O sorriso fácil, as singulares passadas de pernas e o olhar marcante diante das lentes a transformaram em um mito fashion, cujo sucesso é estrondoso. Longe das passarelas, entretanto, a übermodel — comparada a um furacão nos desfiles — tem um lado que poucos conhecem. Descalça e usando vestido leve e confortável, a gaúcha recebeu CARAS com exclusividade na suíte do hotel em que ficou na capital paulista enquanto apreciava uma xícara de chá, o som de um mantra relaxante ecoava pelo ambiente. O clima contrastava com a atmosfera alucinante que a gaúcha seria inserida algumas horas depois, no SPFW, após um hiato de quase três anos, em uma volta triunfal para reinar absoluta na catwalk verde e amarela desfilando pela Colcci. “Me dediquei 100% à carreira, mas chegou um momento que já estava preenchida profissionalmente. Foi quando comecei a rever minhas prioridades. Hoje, apesar de trabalhar, o que importa para mim é ter um estilo de vida mais calmo, tranquilo e cuidar da família. Sou muito mais feliz assim!”, dispara ela, mãe de Benjamin (3) e Vivian (11 meses), da união com o ídolo do futebol americano Tom Brady (36). “Essas mudanças internas me ajudam a aproveitar mais a vida hoje do que quando eu era mais jovem.”

Prestes a completar 20 anos de carreira em 2014 e liderando o ranking das tops mais bem pagas do mundo, a estrela se divide entre os papéis de mãe, mulher, modelo, empresária, além de Embaixadora do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. “Vivo vários personagens e, para dar conta, reservo sempre um tempo para mim. Se estou bem comigo, tudo flui melhor.”

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– Após quase 20 anos, vê a profissão com outro olhar?
– Comecei a trabalhar com 14 anos, uma idade difícil em que você não sabe quase nada sobre a vida, está tentando se encontrar na sociedade e se descobrir como pessoa. Tudo estava acontecendo rápido demais na minha carreira, mas com o tempo ganhei confiança, calma, maturidade e foco.

– As mudanças influenciaram também o modo como se cuida?
– Vim do interior do Rio Grande do Sul, comia arroz e feijão todo dia e minha atividade física era o vôlei. Da rotina simples, entrei para a loucura das semanas de moda: dormia duas ou três horas por dia, só comia porcaria e não tinha noção de como aquilo prejudica a saúde. Hoje, prezo pelo estilo de vida, sei da importância da alimentação saudável, de me exercitar e ter tempo de meditar.

– A rotina saudável reflete positivamente no seu dia a dia...
– Quanto melhor cuido de mim, melhor consigo desenvolver meus papéis de mãe, mulher, profissional e amiga. A mulher é a grande base da família e, se ela não estiver bem, nada está bem. Na minha casa, pelo menos, é assim!

– Então, se vê como uma espécie de termômetro do lar?
– Isso! Antes sentia culpa e pensava ‘não posso cuidar de mim, pois tenho que ficar mais tempo com meus filhos, com o marido ou trabalhando’. Se precisar, acordo às 5 da manhã para meditar, pois sei que, quando as crianças levantarem, estarei bem, calma e tranquila para brincar, dar conta das bagunças e das brincadeiras delas.

– Como concilia as funções?
– Com foco. Quando estou com meus filhos, por exemplo, não atendo celular e não faço coisas paralelas, simplesmente fico com eles, brincando de índio, fazendo cabana na sala, indo ao parque. Se estou com Tom ou trabalhando, é a mesma coisa. Vivo os momentos como se eles fossem únicos.

– Viver o presente foi algo que aprendeu construindo a família?
– Realmente, antes eu não tinha essa noção, ou melhor, não tinha essa necessidade. Depois que me tornei mãe e mulher, acumulei funções diferentes e precisei aprender a administrá-las. A família mudou minhas prioridades, ela é o bem mais importante para mim. Sempre quis ser mãe e ter família. Aconteceu na hora certa.

– Você abraça a causa ecológica. Ensina isso às crianças?
– Pai e mãe são exemplos e tudo que a gente faz reflete nas atitudes dos filhos. Em casa, não jogamos comida fora, pois já sabemos as porções que cada um come. Se sobra, fazemos compostagem ou damos para o cachorro. Se vamos fazer salada, Benjamin e Jack vão comigo até a horta colher tomates, pepinos e verduras. Eles sabem de onde vem o alimento. Tudo isso faz parte da rotina deles, não é falado, é vivenciado.

– Como é ser mãe de menina?
– É incrível como menina precisa de mais carinho! Vivian é delicada, doce e sempre quer colo. Vai ser uma grande parceira! Quando coloco meus mantras, ela fica engatinhando quietinha em volta de mim. Já os meninos, são cheios de energia! Se jogam no sofá, pulam, gostam mesmo é de ação.

– Eles tiveram ciúmes dela?
– No início, sim. Benjamin chegou a querer mamar no peito igual a irmã! Agora, reservo um tempo exclusivo para eles, vamos ao parque, jogamos bola, é uma maneira de verem que todos têm lugar.

– Há espaço para mais filhos?
– No momento estou com as mãos cheias. (risos) Estamos bem assim e não sei se no futuro toparia sentir tudo de novo. Hoje, já me sinto completamente realizada.

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