VISIONÁRIOS

Viih Tube e Eliezer abrem o jogo sobre carreiras como empresários e influenciadores: 'Frágil'

Em entrevista exclusiva à CARAS Brasil, o casal Viih Tube e Eliezer fala sobre os prazeres e desafios de investir no mercado infantil e o quanto a filha Lua o inspira

Thaíse Ramos

por Thaíse Ramos

Publicado em 20/07/2024, às 08h00 - Atualizado às 13h18

Viih Tube e Elizer são influenciadores e empresários de sucesso - Foto: Paulo Vitale

Viih Tube (23) e Eliezer (34) estrearam o novo show dos personagens da marca BabyTube, neste sábado, 20, em São Paulo. Em entrevista exclusiva à CARAS Brasil, o casal de influenciadores digitais fala sobre a novidade e do quanto a filha Lua, de 1 ano, inspira o projeto, revela os principais desafios como empresários do mercado infantil, um nicho bastante competitivo no Brasil, e ainda confessa qual das duas funções é a mais difícil de realizar. “Frágil”, aponta o ex-BBB.

Para começar, Viih Tube conta o que os pais podem esperar da nova fase da BabyTube, que tem ganhado o coração das crianças. "O show ficou impecável. Foi muito trabalhoso, pois foram idas e vindas de roteiros, de ensaios. As fantasias demandam um certo esforço para conseguir ter mobilidade e criatividade para usá-las no palco, mas ficou tudo muito legal. Tem músicas novas, coreografias incríveis, fantasias (...) Foi muito desafiador esse show”, diz.

“O público pode esperar também conteúdos muito educativos, mas leves. A gente fala da importância da alimentação saudável, por exemplo, da importância da atenção aos alimentos, sobre medos, da importância da amizade entre amigos e irmãos também, a gente fala de família, do sono, como é importante dormir, porque muita criança é inimiga do sono. Também sobre o banho, como ele pode ser divertido e leve. A gente traz lainda, levemente, alguns estereótipos que a criança já recebe, talvez na escola, na sociedade, que o menino tem que jogar bola e a menina tem que brincar de boneca, e que na verdade não tem nada a ver, são só brincadeiras. A gente fala de vários assuntos de uma forma leve, divertida, mas que ao mesmo tempo é muito educativa. Acho que a gente conseguiu deixar bem redondo o espetáculo de uma forma superagregadora”, emenda Viih Tube.

Empresário desde os 21 anos, Eliezer relembra que já nessa época abriu a primeira empresa, no Rio de Janeiro. “Assim que saí da faculdade, abri a minha primeira empresa, que é de marketing e comunicação e que existe até hoje. E a Viih também, ela já lançou muitos produtos ao longo da carreira dela. Mas sempre tive um sonho, de ter a minha marca, de fazer uma marca para mim, porque sempre fiz marcas para os outros. Tenho o conhecimento de fazer marca, só que nunca tinha feito uma pra mim. E quando a gente estava no período de gestação da Lu, quando a gente começou (...) Exatamente quando a gente começou a fazer o enxoval da Lua, essa ideia veio, partiu de mim. Falei: “Amor, Viih, por que a gente não abre (...) Já que a gente está nesse processo de buscar o melhor para a Lua: o melhor mordedor, a melhor naninha, o melhor brinquedo, o melhor isso, o melhor aquilo (...) A gente estava muito em contato com os profissionais que estavam do nosso lado, também, tipo pediatra, fisio, fono. A gente sempre queria o melhor de tudo”, relembra.  

“Então, perguntei: Por que a gente não abre uma marca nossa, para esse ramo, brinquedo e itens para bebê? Começou com brinquedo, na verdade (...) Sempre tive o sonho de abrir, e a Viih topou na hora. Ela falou: ‘Nossa, faz um feat perfeito porque é muito a minha cara uma marca de brinquedos’. Porque para ela também faltava alguma coisa que enchesse os olhos dela, que desse realmente amor, sabe? Porque lançar produto por lançar, assim, acho que não é interessante. Ah, vou lançar uma marca só pra ganhar dinheiro”, emenda.

Eliezer, então, ressalta que quando a BabyTube foi pensada, não era para ser imediatista. “Tipo: vou lançar para fazer um dinheiro hoje, e daqui a um ano, dois anos, acabou. Não, a gente realmente queria lançar uma marca que fosse a marca da nossa família. Então, o estopim foi esse, na gestação da Lua, quando a gente estava mergulhado, escolhendo as coisinhas dela. Pais de primeira viagem, a gente sempre quer tudo, o melhor de tudo, saber de tudo, estava literalmente imerso nisso. E eu, com um olhar de mercado, porque venho desse universo, falei: Cara, tem poucas marcas brasileiras que abraçam esse nicho, que abraçam só esse nicho, tem muitas marcas que fazem tudo, pegam a infância como um todo, mas poucas olham só pro bebê, só para esse momento. Por que não?”, conta.

E continha: “Acho que é um gap de mercado grande aí, ter uma marca brasileira. A gente tem importadoras que focam muito, mas é de fora, não tem marca construída. E aí surgiu o BabyTube. O nome quem deu foi o público, porque quando a Lua estava na barriga e a gente não sabia o sexo dela ainda, as pessoas da internet, o público, se referia ao nosso bebê de Baby Tube. E é o nome que o público deu mesmo, e super funciona. E também tem uma pronúncia fácil. A gente tem planos de expandir pros Estados Unidos e para fora”.

MERCADO DESAFIADOR

O mercado infantil é bastante desafiador e exige muita criatividade, pois precisa atrair os pequenos. Viih Tube comenta sobre isso. “No início da marca, só tínhamos nós dois. O Eli, com toda a dedicação e experiência dele como designer de criação de marca (...) Ele sabe criar uma pessoa em cima daquela marca, como que a marca se comporta, como fala (...) coisas que eu nem sabia que são necessárias de se fazer, que fazem muito sentido quando você para pra pensar. E eu (entro) com a parte da criatividade. Conhecendo o público digital, e sabendo também como mãe, o que eu gostaria para minha filha de produto (...) Então, a gente atua totalmente juntos nisso. Hoje, a empresa cresceu muito, tem muitos setores dentro da marca, uma equipe, um time muito focado para cada coisa, mas a gente está diretamente em todos os processos, em todas as reuniões, em todas as coisas, a gente está sempre juntos”, informa.

Eliezer e Viih Tube se tornaram grandes nomes do mercado infantil - Reprodução/Instagram

 

MAIS DIFÍCIL: INFLUENCIADOR OU EMPRESÁRIO?

Viih Tube e Eliezer já provaram que são experientes tanto como influenciadores digitais quanto empresários. Mas qual deles é o mais difícil de encarar? “Acho uma pergunta difícil de responder porque toda laranja tem os dois lados, toda faca tem os dois lados, mas acho mais fácil ser empresário. Não sei se por eu ter começado muito cedo, mas acho que o empresário, para dar certo, para ele funcionar, para rodar, depende muito dele, sabe? Muito, muito dele. Digamos 80% dele ali, da força, da garra, de não desistir. E se cair, levanta de novo. Enfim, vai muito da vontade da pessoa. Já o influenciador depende do público. E quando a gente joga para o público, é uma caixinha de surpresas, porque a internet, principalmente hoje em dia, com as redes sociais, hoje você está muito bem, amanhã, talvez, não esteja tão bem assim”, ressalta.

“Vai que interpreta uma frase, uma palavra que você colocou numa frase errada, e tudo aquilo que você construiu por anos, desmorona, destrói, acaba de uma hora para outra, muito rápido. Então, é muito frágil o influenciador. Por isso que acho que ser empresário é mais fácil”, completa o pai de Lua.

Eliezer confessa ainda que já teve muitas inseguranças: “Bateram várias porque a gente sabe que quando é um influenciador lançando uma marca, o produto de um influenciador (...) São coisas que por mais internamente a gente separe, tem a Viih Tube, tem o Eliazer e tem a BabyTube. Mas para o público, qualquer coisa que aconteça com a Viih Tube e com o Eliazer, vai esbarrar na BabyTube, vai respingar na BabyTube. Então está muito entrelaçado. E o produto que o influenciador lança, tem que ter uma narrativa condizente com o que o influenciador tem, porque senão não dá feat. Exemplo, não jogo futebol, como é que eu vou lançar um produto para jogador como influenciador? São coisas que você não consegue construir a mensagem. E é muito importante você construir a mensagem”.

“Acho que o X da questão é justamente causar identificação e construir a ponte, a mensagem do seu produto, da sua marca, construir a sua linguagem, estabelecer a linguagem com o seu público. Então, um precisa do outro. Quando a gente está falando de um produto, de uma marca de influenciador, um acaba precisando do outro”, emenda.

'NÃO SOMOS PERFEITOS'

E quando bate a insegurança, Eliezer conta o que o casal faz. “Acho que a Viih faz escola nisso (risos). Aprendo muito com a Viih, mas acho que a gente coloca muita verdade no que a gente faz, nós não julgamos a perfeição, não somos perfeitos. A gente deixa muito claro para o nosso público que a gente está suscetível a erros, a gente estabelece essa conexão, essa comunicação com o nosso público. Eu também erro, igual vocês. Então, se eu errar, vou pedir desculpas, vou me retirar, mas vou consertar, vou estar aqui para consertar se eu errar. Acho que isso é muito importante. O problema não é o erro, mas é o que faz depois dele. É o seu posicionamento depois dele, é a minha opinião. E a gente tenta estabelecer desde o começo da nossa relação com o público uma comunicação muito clara, muito transparente. Tanto que não tem muitos segredos com a gente”, garante.

‘A MARCA É DELA’

A pequena Lua é a que mais se diverte no fim disso tudo. O casal costuma compartilhar momentos fofos da herdeira nas redes sociais, caindo na brincadeira com os personagens da BabyTube. “Ela ama os personagens, identifica, sabe os nomes, vibra e abraça. É muito gostoso porque quem aprova realmente os nossos conteúdos é a Lua. Lembro que no processo do Tututututu Baby Tube, que foi a primeira música que a gente lançou, o primeiro vídeo também, a gente colocou pra Lua, pra ver a reação dela, se ela ia dançar, se ela ia chorar, se ela ia ligar. Isso pra gente é muito importante, porque é a marca dela. Quero que quando ela cresça, olhe para trás e fale: ‘Realmente essa marca é minha. Meus pais fizeram’. A marca só existe por conta dela. Agora, o Ravi vai entrar no jogo, vai entrar na história, mas a marca é da Lua. Fizemos para a nossa família. Fico feliz demais”, comemora.

Eliezer ainda detalha a reação de Lua ao ver os personagens. “A gente têm pijamas da marca, e os pijamas têm estampados os rostinhos dos personagens. E ela fica apontando pro pijama quando a gente está com ele vestido e fica falando, sabe? A gente tem no nosso cinema também um cartaz com os personagens e toda vez que ela entra no cinema, fica apontando. Isso pra gente é a maior recompensa do mundo, o maior amor do mundo. Dentro do carro, quando a gente coloca música, ela vibra. É muito gostoso, porque precisa ter verdade também”, conta.

“Imagina se fizéssemos alguma coisa que a Lua não gostasse? E essa é uma coisa que a gente fez pra ela. Então, é muito gostoso. Isso aí é mágico! E graças a Deus aconteceu, porque não tinha como a gente saber que a Lua iria se apaixonar tanto quanto nós pelos personagens, mas aconteceu. Quando a gente vai gravar lá em casa com os personagens vivos, com as fantasias, ela fica alucinada. A gente tenta esconder também, até não deixa ela ver as pessoas entrando na fantasia para não acabar com a surpresa dela. É muito gostoso”, finaliza.

Viih Tube, Lua e Eliezer - Reprodução/Instagram

 

Thaíse Ramos

Thaíse Ramos é repórter do núcleo de pautas especiais do Grupo Perfil. Formada em Jornalismo, integrou as equipes de entretenimento do Estadão e Gshow e atuou ao lado do colunista Leo Dias. Ama música, cinema, moda e beleza. Instagram: @thaiseramoss

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