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Johnnas Oliva frequentou igreja para viver sequestrador em filme de Silvio Santos

Em entrevista à CARAS Brasil, Johnnas Oliva revela processo criativo para viver sequestrador de Silvio Santos e comenta sobre trabalho com Rodrigo Faro

Bárbara Aguiar, sob a supervisão de Arthur Pazin
Johnnas Oliva vive sequestrador Fernando Dutra Pinto, que na época do evento tinha 22 anos - Divulgação

Filme sobre a vida de Silvio Santos, grande nome da história da televisão brasileira que morreu aos 93 anos neste sábado, 17, contará sobre sequestro sofrido pelo apresentador em 2001. Em entrevista à CARAS Brasil, o ator Johnnas Oliva (42), responsável por viver Fernando, homem invadiu mansão de Silvio Santos no Morumbi, revela como se preparou para viver o personagem e relembra trabalho com Rodrigo Faro (50), que interpreta o comunicador. 

Os trâmites para a produção prevista para estrear em setembro deste ano, como conta o ator, começaram em 2018 e foram atrasados por alguns motivos burocráticos. "Esse processo foi muito longo. Fui aprovado para o filme no final de 2018, a produtora é Moonshot Pictures, mas a direção era com outro diretor. Neste fim de 2018, eu me preparei muito para viver o Fernando nas filmagens em janeiro de 2019, mas o filme acabou parando por questões burocráticas. Lembro-me de receber a notícia no dia 27 de dezembro de 2018, eu chorei e sofri muito com isso, achei que havia perdido um excelente trabalho", relembrou.

Já nessa época, Johnnas fazia um trabalho de preparação minucioso para o personagem que envolvia desde a leitura da biografia até a inserção em ambientes onde o verdadeiro Fernando viveu, como cultos de igrejas evangélicas.

"Achei um biografia dele num sebo no centro de São Paulo (excelente livro por acaso) e tentei viver no universo que ele viveu, fui a cultos evangélicos, me candidatei para trabalhar como empacotador de um super-mercado, andei e fiz amizade com meninos de rua, office boys, motoboys e observava muito alguns garotos no centro da cidade que estão atento a qualquer tipo de situação para descolar algum trabalho rápido", disse. Para o ator, que monta um diário para cada personagem que vive, o diário de Fernando estava ficando muito interessante e, por essa razão, foi uma lástima perder a oportunidade de estrear a obra.

Apesar dos contratempos, em 2022 a produção foi retomada e Johnnas reiniciou o processo de se aprofundar na realidade de Fernando. "Fiz tudo novamente, reli a biografia dele, voltei para a igreja evangélica, fui para rua me preparar, fiz uma dieta para perder peso e entrei no universo do personagem", afirma.

O artista revela, ainda, que contou muito com o apoio do novo diretor do longa, Marcelo Antunez: "O novo diretor do filme, o Marcelo Antunez, é um cara fascinado por ator e por métodos, nos demos bem de cara e o Marcelo preparou uma trilha para o Fernando muito interessante".

"Na trilha tinha músicas de banda de hip hop da região onde o Fernando vivia, misturado com as vozes dos repórteres noticiando o sequestro, o resgate, os noticiários em geral, era uma mistura com jazz, etc. e isso me deixava num estado emocional muito potente para entrar em cena", explica o ator.

Além do diretor, o intérprete também teve o auxílio da preparadora de elenco: "A Lis Fortinguerra ficava atenta a detalhes comigo. Tive o respeito da equipe e do elenco em me tratar somente como Fernando. Foi um trabalho potente", afirma.

O Silvio de Rodrigo Faro

Na obra, Johnnas contracena diretamente com Rodrigo Faro, que dá vida a Silvio Santos durante esse momento tenso da história do apresentador. Para o ator, o colega de elenco entregou um trabalho único que passará verdade para o público.

"O Faro foi uma feliz surpresa, na época das filmagens ele estava há 12 anos sem atuar, ele estava muito preocupado com a verdade do personagem, ele não queria imitá-lo e sim viver esse comunicador de televisão emblemático em seu país, personagem difícil e complexo para qualquer ator", revela Johnnas.

Faro, como conta Oliva, também teve seu próprio método para criar um Silvio Santos que fosse ideal: "Ele ficava ouvindo programas do Silvio de diferentes épocas para pegar a prosódia de como o Silvio falava em cada época devida, preparou seu corpo, voz, jeitos de andar, de sentar, de falar baixo, de gritar e conseguiu um bom resultado, pois o Silvio Santos está muito no consciente das pessoas, então é um personagem dificílimo de interpretar sem cair na caricatura da imitação", compartilha.


Para o intérprete, o apresentador foi um "excelente colega de trabalho". "O Faro é um cara muito generoso, simpático e excelente colega de trabalho, tem escuta para a cena, é daqueles atores parceiros que pensa na cena e com quem está contracenando e essa generosidade vem lá de trás do começo da carreira dele, isso me marcou muito, ator concentrado e generoso", conclui.

Apesar do cancelamento das pré-estreias no Rio de Janeiro, São Paulo e das exibições para a imprensa, a cinebiografia do apresentador mantém a data de estreia para 12 de setembro.

Bárbara Aguiar, sob a supervisão de Arthur Pazin

Bárbara Aguiar é jornalista em formação pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Amante de atividades culturais e entretenimento, ela escreve para a Caras, Contigo! e atua como diretora de Comunicação Visual na Jornalismo Júnior da ECA/USP.

cinema Rodrigo Faro Silvio Santos Johnnas Oliva

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