Em entrevista à CARAS Brasil, Ingra Lyberato revela ter vivido um 2024 intenso e conta detalhes de seu novo livro, O despertar do Amor Sistêmico
"Intenso" é uma boa palavra para definir o ano de 2024 de Ingra Lyberato (58). A atriz, que encarou desafios em diversas esferas e se conectou ainda mais com a família —vendo o filho vivendo uma nova fase na vida, aproveita a reta final deste ciclo para lançar seu novo livro, O despertar do Amor Sistêmico, e compartilhar seus conhecimentos.
"Cresci muito porque foram inúmeros desafios que encarei com amor e disposição", diz Ingra Lyberato, à CARAS Brasil. "Vivi momentos lindos de reconexão com minha mãe através de experiências na Constelação [Familiar] e no Xamanismo. Acompanhei com emoção meu filho Guilherme iniciando faculdade, já indo morar sozinho aos 21 anos, trabalhando e conquistando sua independência."
A artista conta que também trabalhou como voluntária nas enchentes de Porto Alegre, colocou em prática um workshop que estava preparando há um ano, abriu uma associação para a prática da Constelação Familiar e ainda passou a facilitar Banho de Floresta, uma atividade de reconexão com a natureza. "E agora lanço esse livro que me exigiu muito estudo e dedicação."
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O despertar do Amor Sistêmico é o terceiro livro da artista e aborda temas como Constelação Familiar, Xamanismo e arte em seu conteúdo. Para ela, o processo de escrita que precisou de dois anos de estudo, foi trabalhoso, porém, prazeroso ao mesmo tempo. "Três livros é só o início", garante.
Abaixo, Ingra Lyberato conta mais detalhes sobre o processo de escrita de seu terceiro livro, reforça a importância dos temas abordados em sua vida e dá detalhes do que planeja para as comemorações de fim de ano. Confira trechos editados da entrevista.
Como foi o processo de escrita do livro O despertar do Amor Sistêmico?
Foi trabalhoso e extremamente prazeroso. Nesse livro falo da minha experiência profunda com práticas que se comunicam com as dimensões essenciais do nosso ser e por isso são difíceis de serem descritas de maneira racional. São conhecimentos empíricos adquiridos através de vivências que trazem resultados claros de transformação real em todos que vivenciam. Falo da Constelação Familiar e do Xamanismo. Existem bases científicas e filosóficas que fiz questão de estudar mais a fundo para atender a necessidade comum de entendimento racional. Eu própria sinto o chamado para a compreensão do que faz sentido para mim. Então trabalhei com gosto e com amor para apontar o passo a passo da caminhada em alguns universos muito novos para a maioria das pessoas. Até o momento em que a pessoa precisa seguir com as próprias pernas e experienciar, ou seja, praticar o conhecimento. Mesmo tendo um raciocínio lógico bastante presente é coerente que, se tratando da ciência da vida e da espiritualidade, tem a hora em que precisamos nos render ao Grande Mistério e nos deixar ser guiados por Ele. Então foram mais de dois anos de estudo, experiência e também muita intuição. Importante dizer que não falo de nenhuma religião específica, mas de uma espiritualidade direta e natural, sem intermediários.
Qual a importância de abordar temas como a arte, Constelação Familiar e Xamanismo?
São caminhos de expressão da nossa alma. Práticas que nos colocam em contato com nosso inconsciente que é a parte que nos impulsiona a fazer escolhas na vida. A maioria de nós faz escolhas inconscientes e colhe resultados que não gostaria de colher, porque não conhece os próprios medos e desejos. Através da arte, da Constelação Familiar e do Xamanismo podemos nos comunicar com essa nossa dimensão profunda e transformar as crenças e dinâmicas inconscientes que nos aprisionam impedindo nosso crescimento pessoal. Herdamos da nossa ancestralidade memórias das experiências passadas com padrões de comportamento positivos e também negativos. Podemos fortalecer o que ainda é funcional e transformar que deixou de ser. É a parte que nos cabe na linha da vida.
Esse já é o seu terceiro livro! Pretende escrever mais?
Sem dúvida. Amo escrever. Por exemplo, preciso fazer um esforço para dar respostas objetivas e resumidas para vocês nessa entrevista. Se deixar, escrevo um livro para cada pergunta [risos]. São assuntos complexos e quando busco expressar com clareza na escrita vai ficando mais nítido para mim também. Como meu conhecimento vem de livros, mas principalmente da experiência, preciso desenvolver uma didática própria e a escrita ajuda muito nesse sentido. Hoje também dou aulas sobre esses assuntos que levam ao autoconhecimento e revelam as leis que regem as relações facilitando muito a vida. Existem regras relacionais que deveriam ser ensinadas nos primeiros anos da escola. Não posso guardar esses aprendizados só para mim e sinto que a escrita é um dos melhores meios de transmissão do conhecimento. Eu organizo pensamentos e sentimentos quando escrevo. Me enxergo mais. É muito conteúdo. Três livros é só o início. Já tenho o tema do próximo, mas vou escrevendo devagar, na medida do possível. Sinto que O Despertar do Amor Sistêmico é a continuação do primeiro, O Medo do Sucesso, que foi um profundo processo de cura do meu medo da exposição. Preciso dar exemplos do que falo, então os exemplos são minhas histórias e as de alguns clientes, em que mudo dados de informação para não serem identificados.
Além dos livros, você também trabalha com palestras e condução de workshops. Qual a importância de levar seus estudos adiante desta forma?
Sinto que preciso retribuir à vida por tudo o que ela tem me dado. O conhecimento que facilita a vida e cura nossas dores trazendo consciência e força pessoal não tem preço. Não faria sentido receber algo tão valioso para mim e não compartilhar. A dádiva tem valor quando é compartilhada. Sinto com muita clareza que sou guiada e estou a serviço de algo maior. Todos estamos, mas a maioria foge desse compromisso de retribuição à vida. Quando eu enxerguei de verdade esse propósito, parei de questionar e agora, simplesmente obedeço. Faço isso por mim mesma e quem estiver pronto vai se deixar tocar pela vida também.
Você é bastante ativa nas redes sociais, tendo mais de 7 mil publicações no Instagram. Qual sua relação com a internet?
Acho a Internet fantástica. Ela é a materialização de algo que sempre existiu: a interrelação entre todas as pessoas. Adoro o Instagram desde que foi lançado. A imagem me encanta! Sou filha de artista plástico, Chico Liberato, e sempre soube que uma imagem vale mais do que mil palavras. Então gosto de escrever, mas quando coloco uma imagem ou vídeo no Instagram sinto que a mensagem vai direto na alma, no coração. É como a música e o Instagram tem música também. Entro raramente no Facebook e tenho um canal no YouTube que abri pouco antes da pandemia para falar só de autoconhecimento. Como assisto muita aula pelo YouTube, também tenho meu canal por lá. Assisto aulas incríveis sobre Freud, Jung, Budismo, Hinduísmo, Cristianismo, filosofia, física quântica! Mas claro que a vivência do conhecimento é fundamental. De qualquer forma, a rede social pode inspirar e ensinar. O Instagram é imagem, fragmentos de sabedoria. O YouTube já é para se aprofundar. Hoje também administro com uma equipe a página do Centro de Excelência em Constelações Sistêmicas, CECS. Nova associação que fundamos em fevereiro e que estou como diretora de Comunicação.
Já tem planos para as festas de fim de ano?
Sim. Natal sempre com meu filho e a família gaúcha. Réveillon passo há 12 anos com meu grupo de Xamanismo em um sítio que é um local sagrado para mim. Virada de ano é a melhor oportunidade de refletir com profundidade sobre o ciclo que está se concluindo para que eu possa viver novas histórias.
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