Antonio Calloni aproveita cruzeiro pelo Mar Báltico com a esposa e o filho

O ator e sua família ainda falaram de seus projetos e realizações, como um livro infantil escrito pelos três

CARAS Digital Publicado em 02/07/2014, às 10h44 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

Antonio Calloni e família - Selmy Yassuda/Artemisia Fot. E Comunicação; Agradecimento: Roxanna

Com mapas na mão e os pontos turísticos das cidades a serem visitadas na ponta da língua, a assessora de imprensa e escritora Ilse Rodrigues (53) organiza o passeio ao lado do marido, Antonio Calloni (52), e do filho, Pedro (19), assim que o Celebrity Constellation, navio da Celebrity Cruises, atraca em São Petersburgo, Rússia. Um dos locais escolhidos é o Hermitage, museu com mais de 3 milhões de obras que ocupam 365 salas. “Gosto de direcionar, sou muito prática. Os dois são meio ‘deixa a vida me levar’”, admite Ilse, diante do olhar do ator. “Ilse nos guia. É preciso alguém que faça isso, encontre o caminho, seja qual for. Minha linha de raciocínio é truncada e caótica. O pensamento dela é objetivo. Eu, às vezes, nem sei o que falo, ela sabe. E o Pedro é o equilíbrio, tem a criatividade, a loucura, mas tem a objetividade também”, analisa Calloni durante o cruzeiro pelo Mar Báltico que passou também por Alemanha, Estônia, Finlândia, Suécia e Dinamarca. A viagem não é apenas um descanso para o ator, celebrado pelo seu vilão LC de Além do Horizonte, que terminou em maio. Ilse e Calloni comemoram ainda os 21 anos de união e aproveitam para grudar no filho, que está de férias. Pedro é músico, toca bateria e está cursando Produção em Engenharia Musical na Berklee College of Music, em Boston. No mínimo, ele ficará estudando quatro anos nos EUA. “Pode ser mais, se eu quiser fazer uma pós. Mas a ideia é ficar por lá mesmo. Eu e alguns amigos estamos começando um selo de gravação, temos vários projetos diferentes”, diz, enchendo de orgulho e saudades antecipadas seus pais. Entre as várias programações a bordo do Celebrity Constellation, que incluiu um jantar regado a vinho na adega do refinado restaurante Ocean Liners, e fora do navio, como conhecer o Reichstag, em Berlim, a família mostra a unidade. E emociona ver o trio sempre junto, confabulando, brincando, trocando informações e carinho. “Viajar nos une e empolga. Pedro saiu do Brasil, pela primeira vez, aos 6 anos, fomos à Itália. Me lembro da felicidade dele ao encarar os mais de 400 degraus do Campanário de Giotto, em Florença, quando eu e Ilse estávamos mortos de cansaço. Mas apesar de eu gostar de conhecer culturas diferentes, chega uma hora em que quero estar na minha casa. Ao contrário da Ilse, que não tem nenhuma vontade de voltar. Por isso, adoro fazer um cruzeiro como este. Você chega com as malas, bota tudo no armário e vai... É uma casa que anda! A sensação é fantástica”, define Calloni animado.

– Quando Pedro foi estudar em Boston, vocês vivenciaram a tal síndrome do ninho vazio?

Ilse – É inevitável, minhas amigas ficaram preocupadas com a minha reação...
Pedro – E os meus, também. Perguntavam por você, como estava, porque eles te conhecem bem.
Ilse – Pode parecer lugar-comum, mas sempre que falava com ele e o sentia feliz, ficava feliz.
Calloni – Os tempos modernos mudam essa relação da saudade. Agora, pego o telefone, ligo para o Pedro, falo olhando para o seu rosto. E ele vira o telefone, mostra pra mim onde está, a rua ou a sala onde está tocando bateria, o que está comendo... A tecnologia supre em parte a falta que faz. Não há o contato físico, e gosto muito de pegar, mas tenho ele na mão, é real.

– Você e Ilse estão há 21 anos juntos. Como mantêm a união?


Calloni – Somos uma família absolutamente normal, passamos por fases. E existe até a de um não aguentar olhar para o outro. Mas conseguimos um equilíbrio.
Ilse – As pessoas desfazem casamento com facilidade, achando que, se ficou ruim, tem de separar. Se você admira e respeita o parceiro, o melhor a fazer é resolver o problema, já que é tão bom quando está bom. Nós já tivemos momentos conturbados, mas nada para dar um tempo, sair de casa. Eu e Antonio sabemos que funcionamos bem um com o outro. E temos ainda muitos projetos juntos, de viagem, de vida, coisas que não imagino com ninguém mais.

– Falando em projetos, vocês três escreveram o livro infantil João Maior do Que Um Cavalo e Maria Menor do Que Um Burro. Há planos de outro a seis mãos?

Calloni – O do detetive Finfonha e seu fiel escudeiro, Ôtcho, pode sair a qualquer hora. Os personagens estão desenhados e as ideias, por aí. O tempo é uma coisa que a gente inventa.

– Sua atuação em Além do Horizonte, como o vilão LC, foi muito elogiada. Já tem outro trabalho na TV engatilhado?

– Por enquanto, nada. Mas já fui sondado. Tenho duas propostas para teatro, vamos ver, uma é um musical, mas acho difícil. E tenho dois romances em andamento, para escrever, mas só Deus, talvez nem Ele, saiba quando vai sair.

– Calloni, você criou coelhos, fez curso de datilografia, faculdade de Ciências Sociais e Belas Artes, foi líder cristão, embora não tenha mais religião, curso de sommelier e teatro, já escreveu oito livros, entre romance, contos e poesia, atua e pesca. Explica esse movimento constante.

– Costumo brincar, para me definir, que sou pescador e, nas horas vagas, ator e escritor. (risos) Mas acredito no movimento. Quando alguém fala que chegou lá, penso: que pena, morreu, acabou, fechou a tampa. Não tem que chegar lá, tem que estar sempre indo, gerúndio mesmo, é mais ou menos isso que acredito que a vida seja, um movimento constante.

– E existe algo que o deixa de mau humor?

– Trânsito, a vida perde a graça com ele. Ah, carro quebrado e lâmpada queimada também. As coisas não deveriam estragar.
Pedro – Também reclamava de lojas que não aceitavam cheques. A vida prática deixa meu pai de mau humor.

Viagem Antônio Calloni [14627] Antônio Calloni

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